Política

Vereadores subscrevem preocupação da Câmara do Porto sobre rede UNIR

Vereadores subscrevem preocupação da Câmara do Porto sobre rede UNIR

Numa nota distribuída hoje aos vereadores, a maioria liderada por Rui Moreira afirma que “houve falta de planeamento e organização da AMP no arranque da rede UNIR” e antevê um “impacto muito significativo” na cidade e “ainda mais problemas” do que os ocorridos em Lisboa, com a Carris Metropolitana.

Aos jornalistas, à margem da reunião privada, o vereador social-democrata Alberto Machado admitiu partilhar das preocupações da maioria liderada por Rui Moreira e defendeu que o município “terá de encontrar todas as vias”, seja de diálogo ou legais, para “obrigar as empresas que ganharam estas concessões a parar nos terminais que existem” na cidade.

Para Alberto Machado, a paragem das operadoras de transporte nos terminais “nem deveria ser uma questão”, defendendo que tal é fundamental para a cidade não se transformar “num caos e apeadeiro constante”.

Pelo PS, o vereador Tiago Barbosa Ribeiro afirmou que “qualquer operação externa tem de ter por base o diálogo à escala metropolitana e com a Câmara do Porto” para garantir que a Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) mantém a exclusividade da operação no Porto.

“Achamos que isso deverá e será feito sem problema de maior”, considerou.

Já o vereador Sérgio Aires, do BE, disse subscrever todas as preocupações partilhadas pelo autarca independente e disse esperar que, nos próximos dias, “haja bom senso para evitar mais chatices, num momento em que a cidade está com o trânsito como está”.

Pela CDU, a vereadora Ilda Figueiredo defendeu a necessidade de se dialogar com as operadoras para obter “uma maior coordenação e fluidez” do transporte público na cidade, onde a STCP “deve continuar a ser agente único”.

Também em declarações aos jornalistas, o presidente da câmara rejeitou uma nova isenção da taxa de ‘toque’ nos terminais rodoviários aos futuros autocarros da rede metropolitana UNIR.

“Não. Os operadores, quando concorrem a um concurso público, devem saber quais são as suas obrigações. (…) Todos os operadores sabiam previamente quais são as condições”, respondeu Rui Moreira, após ser questionado se o município estaria disposto a isentar o ‘toque’ de chegada e tomada de passageiros nos terminais municipais.

Em causa está o acesso aos terminais municipais, cuja isenção do toque (período de 10 minutos para tomada e largada de passageiros) foi aprovada pelo executivo municipal em 2022 “até dia 30 de junho 2023” ou até “à entrada em vigor do contrato de aquisição do serviço público de transporte rodoviário de passageiros na AMP”, cujo serviço arrancará dia 01 de dezembro.

Sem isenção, os operadores privados da AMP terão de pagar, nos terminais de Campanhã e Camélias, 15 cêntimos por toque e 12 por cada minuto que o ultrapasse, segundo o Código Regulamentar do Município do Porto.

A nova rede UNIR e respetiva imagem irá substituir, em 01 de dezembro, os serviços efetuados pelos cerca de 30 operadores privados rodoviários na AMP, como por exemplo a Caima, AV Feirense, Transdev, UT Carvalhos, Gondomarense, Pacense, Arriva, Maré, Landim, Valpi, Litoral Norte, Souto, MGC, Seluve, Espírito Santo, entre outros, utilizando o sistema Andante.

Toda a rede utilizará o sistema de bilhética Andante e acaba com um modelo de concessão linha a linha herdado de 1948, já que o concurso público foi dividido em cinco lotes, ainda que todos operem sob a mesma marca UNIR.

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Fonte : Notícias ao Minuto – Politica  

20 Novembro 2023

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