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Termina sem acordo reunião de negociações salariais entre sindicato e CGD

Termina sem acordo reunião de negociações salariais entre sindicato e CGD

Em comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo CGD (STEC) refere que “a CGD mantém uma posição muito distante da proposta do STEC e da necessidade dos trabalhadores e reformados terem um aumento remuneratório que permita responder minimamente à inflação e ao aumento brutal do custo de vida”.

Anunciando que as negociações salariais irão prosseguir numa quarta reunião “já para a semana”, o sindicato avança que, na última reunião, “a CGD subiu a sua proposta para 3,5% de aumento médio, mas sempre referindo que estava condicionada ao aumento máximo de 5,1% da massa salarial (de que a tabela salarial é uma parcela) imposto pelo despacho do secretário de Estado das Finanças e da secretária do Tesouro de 15/12/2022”.

A esta proposta, o STEC diz ter contraposto “uma nova proposta negocial, que passava por um aumento único para todos os níveis de 100 euros e uma negociação específica para as cláusulas de expressão pecuniária (diuturnidades, subsídio de almoço, subsídio de apoio nascimento/adoção, subsídio de estudo…)”.

“A CGD considerou que isso aumentaria a massa salarial para um nível superior ao que estavam autorizados e a reunião parou por aí”, refere.

Acusando a administração do banco público de ser “insensível à degradação social que se vive, perante uma situação que começa a ser insustentável e que exige um urgente aumento de salários e pensões de reforma”, o sindicato questiona porque é que “várias empresas, mesmo do setor financeiro, que estão muito distantes dos lucros da CGD, acertam aumentos bem mais significativos”.

“Depois de, abusivamente, termos sido considerados funcionários públicos e penalizados nos salários e carreiras, constatamos que o Orçamento do Estado de 2017 reconheceu a injustiça de que fomos alvo, mas nada foi corrigido e quatro anos de trabalho continuam esquecidos. Os trabalhadores da CGD continuam na ‘terra de ninguém’, onde, ao sabor dos interesses de cada momento, somos considerados funcionários públicos ou… em concorrência com os privados!”, sustenta.

Segundo o sindicato, “nesta negociação salarial, segundo a CGD, parece que os trabalhadores voltaram a ser funcionários públicos”, sendo que esta situação afeta apenas os trabalhadores, “porque a administração desde 2016 deixou de ter qualquer limite máximo nas suas principescas remunerações”.

“Que cada um faça uma reflexão sobre esta inadmissível situação, numa empresa que, à custa do nosso esforço, acumula milhões e milhões de lucros, mas que se continua a recusar reconhecê-lo”, argumenta.

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Fonte :  Notícias ao Minuto – Última Hora 

 

10 Fevereiro 2023

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