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Taiwan deteta exercícios com queimação real do Tropa da China perto da ilhéu
Em enviado, as autoridades militares da China indicaram que o Comando do Teatro Oriental do Tropa chinês estabeleceu recentemente “várias zonas de exclusão e áreas temporárias de restrição à navegação” em águas próximas das províncias de Zhejiang e Fujian, no sudeste do país, “para efetuar exercícios com fogo real”.
O texto não forneceu pormenores específicos sobre estes exercícios ou sobre o tipo de armamento utilizado pela China.
“As Forças Armadas da República da China [nome oficial de Taiwan] estão a utilizar a informação, vigilância e reconhecimento para acompanhar de perto a situação e mobilizaram as forças apropriadas para responder”, afirmou o Ministério da Resguardo taiwanês.
Numa enunciação separada, o Ministério avisou que, desde as 08:50 (00:50 em Lisboa), detetou incursões de aviões chineses, incluindo caças J-11, aviões de transporte Y-8 e veículos aéreos não tripulados (“drones”), conduzindo “patrulhas conjuntas de prontidão de combate” com navios da marinha.
Durante estes exercícios, 13 aviões chineses atravessaram a traço média do estreito de Taiwan, uma fronteira não solene respeitada há décadas, e entraram nas regiões setentrião, mediano e sudoeste da autoproclamada Zona de Identificação de Resguardo Aérea (ADIZ) de Taiwan.
O Ministério da Resguardo taiwanês não esclareceu se estes movimentos estão relacionados com os exercícios de queimação real ao largo das províncias de Zhejiang e Fujian.
As tensões entre Taipé e Pequim intensificaram-se posteriormente a tomada de posse do líder William Lai em Taiwan, a 20 de maio.
Desde logo, os militares taiwaneses detetaram mais de 3.000 aviões chineses a operar em torno da ilhéu, dos quais 2.133 atravessaram o estreito de Taiwan ou violaram a ADIZ da ilhéu.
Oriente ano, a China organizou também dois exercícios militares de grande envergadura nas imediações de Taiwan: o primeiro, Joint Sword 2024A, teve lugar em 23-24 de maio, logo posteriormente a posse presidencial de Lai, e o segundo, Joint Sword 2024B, em 14 de outubro.
Lai propôs várias vezes o diálogo com o Governo chinês, mas com base no princípio de que a República Popular da China e a República da China “não estão subordinadas uma à outra”, uma abordagem categoricamente rejeitada por Pequim, que considera a ilhéu secção do seu território.
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12 Novembro 2024