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Rússia diz continuar a "respeitar a moratória sobre os ensaios nucleares"
“Pretendemos continuar a respeitar a moratória sobre os ensaios nucleares estabelecida há mais de 30 anos”, afirmou o ministério em comunicado.
No entanto, adiantou, uma potencial realização de “ensaios em grande escala” por parte dos Estados Unidos obrigaria Moscovo “a fazer o mesmo”.
Na quinta-feira, o Presidente Vladimir Putin assinou a revogação de ratificação do Tratado de Proibição Completa dos Ensaios Nucleares (CTBT).
No entanto, a Rússia continua a ser “signatária, com todos os direitos e obrigações que isso implica”, realçou o Ministério dos Negócios Estrangeiros.
O tratado, assinado em 1996, nunca entrou em vigor por não ter sido ratificado por um número suficiente dos 44 países que possuíam instalações nucleares na altura em que foi criado, incluindo, por exemplo, os EUA.
Com o atual conflito na Ucrânia, a revogação da Rússia foi vista como um sinal negativo pelo Ocidente.
O chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, declarou que a Rússia, ao sair do Tratado de Proibição Total de Ensaios Nucleares, está a dar “um passo na direção errada”, instando Moscovo a não realizar testes nucleares.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo afirmou, por sua vez, que “a posição mais destrutiva em relação ao tratado foi adotada pelos Estados Unidos, que “evitaram ratificá-lo durante quase 25 anos sob falsos pretextos”.
“Foi impossível manter o desequilíbrio” entre a Rússia e os Estados Unidos em relação a este tratado, devido à “abordagem hostil” dos EUA, acrescentou o ministério.
Desde o início da guerra contra a Ucrânia, em fevereiro de 2022, Putin tem insinuado a possibilidade de recorrer a armamento nuclear e em meados deste ano instalou armas nucleares táticas na vizinha e aliada Bielorrússia.
No final de outubro, a Rússia também testou mísseis balísticos para preparar as forças para um “ataque nuclear maciço” de retaliação.
A doutrina nuclear russa prevê a utilização “estritamente defensiva” de armas nucleares em caso de ataque à Rússia com armas de destruição maciça ou em caso de agressão com armas convencionais “que ameacem a própria existência do Estado”.
Em fevereiro, a Rússia suspendeu também a participação no tratado de desarmamento nuclear New Start, assinado com os Estados Unidos em 2010, o último acordo bilateral que ligava russos e norte-americanos.
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Fonte : Notícias ao Minuto – Última Hora
3 Novembro 2023