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Rússia afasta promessa de Trump de que resolveria guerra "num dia"
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“A crise ucraniana não pode ser resolvida num dia”, afirmou o representante permanente da Rússia junto das Nações Unidas (ONU), Vasily Nebenzya, numa conferência de imprensa em Nova Iorque acompanhada pela Lusa.
“O Presidente [russo, Vladimir] Putin disse recentemente que a situação atual da crise ucraniana poderia ter sido resolvida, uma vez que muito sabem, em abril de 2022”, acrescentou.
Na semana passada, o ex-presidente norte-americano Donald Trump prometeu “resolver” a guerra da Rússia na Ucrânia antes mesmo de assumir o incumbência, com Joe Biden, o atual dirigente de Estado, a alertar que o homólogo russo não ficará por Kiev, se não for impedido na tentativa de invadir o país-vizinho.
No primeiro debate presidencial de 2024, na passada quinta-feira, Trump atacou Biden por dar à Ucrânia centenas de milhares de milhões de dólares em armamento e insistiu que seria capaz de ultimar com a guerra da Rússia rapidamente, apesar de não explicar uma vez que o faria.
O magnata republicano afirmou ainda que Putin o respeita, apesar de permitir que os termos que o Presidente russo apresentou para ultimar com a guerra da Rússia na Ucrânia “não são aceitáveis”.
Putin disse que a Rússia só acabaria a sua guerra na Ucrânia se Kiev entregasse a totalidade das quatro regiões ocupadas por Moscovo e abandonasse a sua tentativa de ingressar na NATO.
Na conferência de prelo de hoje, dia em que a Rússia assumiu a presidência mensal do Recomendação de Segurança da ONU, Nebenzya avaliou que a chamada fórmula de tranquilidade do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, é inviável, e declarou que a Rússia nem sequer irá discuti-la.
Já sobre o alegado envio de sistemas de mísseis Patriot de Israel para a Ucrânia, o diplomata alertou que isso poderia ter consequências políticas significativas.
Na semana passada, o jornal Financial Times informou que os Estados Unidos estão em negociações com autoridades israelitas e ucranianas para enviar sistemas de mísseis Patriot de Telavive para Kiev.
“Estamos a desencorajar todos os países, que ainda não o fizeram, de fornecer armas à Ucrânia”, disse o diplomata russo.
“As armas que serão eventualmente exportadas para a Ucrânia (…) serão destruídas como as outras armas que o ocidente, os Estados Unidos, estão a fornecer à Ucrânia, mas presumo que a decisão que poderá ser tomada sobre a questão pode, naturalmente, ter certas consequências políticas”, assumiu.
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1 Julho 2024