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Regime fiscal de residentes não habituais? "Promovem borla fiscal"

Regime fiscal de residentes não habituais? "Promovem borla fiscal"

Estas iniciativas foram apresentadas pela coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, numa conferência de imprensa em que acusou o primeiro-ministro, António Costa, de ter apresentado “a capitulação” do Governo perante a grave crise da habitação.

As propostas do Bloco de Esquerda vão ser debatidas no próximo dia 25, no âmbito de um agendamento potestativo desta força política e serão votadas no próprio dia, ou seja, antes do debate do Orçamento do Estado para 2024.

Perante os jornalistas, Mariana Mortágua alertou para as consequências resultantes do facto de o primeiro-ministro, na segunda-feira, em entrevista à TVI e CNN/Portugal, ter anunciado com efeitos diferidos o fim do regime de taxas aplicadas aos residentes não habituais.

“Se nada for feito e se desde já não for aplicada uma moratória que impeça o acesso ao regime fiscal dos residentes não habituais, então – como fez na segunda-feira o primeiro-ministro -, estar-se-á a promover uma borla fiscal aos registos para o regime de residente não habitual no espaço que vai entre o anúncio e o fim do regime. Foi isso que aconteceu com os vistos gold e foi isso que aconteceu com a medida que limitava o aumento das rendas para novos contratos. E isso acontecerá com o regime dos residentes não habituais”, advertiu a coordenadora do Bloco de Esquerda.

De acordo com Mariana Mortágua, “o mero anúncio do Governo, um aviso à navegação, torna-se uma promoção e num apelo por parte do primeiro-ministro para que quem queira venha a usufruir desse regime, ao qual terá acesso durante dez anos”.

Um apelo, segundo Mariana Mortágua, para que se adira “rapidamente enquanto o regime não é eliminado”.

Além da questão do fim deste regime, em relação ao qual “o Bloco de Esquerda tem um combate com uma década”, Mariana Mortágua defendeu que é preciso também “proibir a venda de casas a não residentes”.

“É preciso impedir uma corrida à compra de casas por não residentes para evitar agravar mais o preço da habitação”, disse, antes de lamentar que António Costa, na entrevista à TVI e CNN/Portugal, não tenha esclarecido qual vai ser o aumento das rendas em 2024.

Em matéria de rendas, o Bloco de Esquerda propõe uma limitação ao aumento para 2024 em 0,43%, “igual à que existia antes do surto da inflação”.

“Vamos também apresentar medidas para que existam tetos nas rendas e para que toda a gente saiba que a sua renda não vai atingir valores especulativos. É necessário haver tetos de acordo com a tipologia e localização da casa, havendo um limite máximo”, sustentou.

Mariana Mortágua adiantou que o Bloco de Esquerda também terá uma proposta para a redução das prestações ao banco.

“Uma proposta que seja feita pelos bancos com base numa taxa de esforço máxima que as pessoas possam suportar e que seja suportada pelos lucros da banca”, acrescentou.

[Notícia atualizada às 17h05]

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Fonte : Notícias ao Minuto – Politica  

3 Outubro 2023

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