Uncategorized

PSD recusa que consolidação do PS seja "chamada de contas certas"

PSD recusa que consolidação do PS seja "chamada de contas certas"

No encerramento do debate na generalidade do Orçamento do Estado para 2024, Joaquim Miranda Sarmento começou por se referir à intervenção anterior, do presidente do Chega, André Ventura, como “um simpático intervalo de ‘stand up comedy'”, o que provocou protestos ruidosos desta bancada.

O presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, avisou o Chega que “se quer estar no plenário tem de respeitar os oradores”, pedindo desculpas em nome do parlamento ao líder parlamentar do PSD e pedindo que fosse reposto a zero o seu tempo.

Na sua intervenção, Miranda Sarmento acusou a proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2024 de falhar novamente as reformas estruturais e de se limitar “a números e tática para o dia seguinte”.

“Se o país está hoje mais pobre, na cauda da Europa e com menos perspetivas de futuro, isso deve-se às políticas erradas do PS. O PS só quer ser poder, mas sem ser Governo”, acusou.

Miranda Sarmento procurou desmontar a ideia das contas certas do atual Governo, considerando que “as contas públicas estão, apenas de forma conjuntural, com um saldo equilibrado”.

“Este não é um OE de verdadeira consolidação orçamental. Não nos deixemos enganar (…) Uma consolidação orçamental conjuntural e não estrutural não pode ser chamada de contas certas”, disse, considerando que esta só foi feita nos últimos anos à custa redução da despesa com juros, aumento da carga fiscal, redução do investimento público ou aumento das cativações.

Miranda Sarmento salientou que, neste ponto, “o PSD mantém a posição e os ideais de sempre, de rigor orçamental e controlo das contas públicas”, e saudando o PS por, “mais tarde do que nunca”, ter mudado de posição sobre as contas públicas equilibradas.

“O dirigente social-democrata classificou também de mistificação e ilusionismo a afirmação que este Orçamento baixa os impostos, alegando que a carga fiscal cresce.

“Os impostos não baixam se a parte do rendimento que a sociedade consagra aos impostos aumenta”, considerou.

O líder parlamentar do PSD voltou a apontar quatro pecados capitais ao Orçamento, tal como tinha feito na abertura do debate, começando pelo fraco crescimento económico.

“Com este nível de crescimento económico, os portugueses estão condenados a salários baixos e ao empobrecimento relativo. Mostra a ambição do PS para o país: poucochinho”, lamentou.

Os restantes pecados, para o líder da bancada social-democrata, são a “voragem fiscal” do Governo, o baixo investimento público, sempre com execuções abaixo do prometido, e a “degradação dos serviços públicos”, destacando a saúde, mas também na educação, na justiça, ou na Defesa

“Quando se atira dinheiro para cima dos problemas, uma das duas coisas desaparece, mas raramente é o problema”, avisou.

Miranda Sarmento referiu os mais recentes números da pobreza, considerando “um país indigno” aquele em que uma em cada cinco crianças vive nesta condição.

“Este é o resultado da incompetente governação socialista: um país mais pobre”, concluiu.

Miranda Sarmento enumerou as 12 prioridades apresentadas pelo PSD para este OE, que passam, entre outras, pelo aumento dos rendimentos das famílias e da produtividade da economia, bem como medidas concretas na saúde, habitação ou educação.

“Basta de desculpas, de promessas, de planos e ‘powerpoints’, de propaganda e de culpar o passado”, apelou, defendendo que “os mais de 20 anos de estagnação económica não são uma fatalidade” e que o PSD tem alternativas.

Leia Também: Negociações com sindicatos médicos são para “exterminar” normas do PSD

Fonte : Notícias ao Minuto – Politica  

31 Outubro 2023

Comments are closed.