Política

PSD insiste que Costa deve explicações sobre governação, PS isolado

PSD insiste que Costa deve explicações sobre governação, PS isolado

No período das declarações políticas no plenário da Assembleia da República o deputado social-democrata Luís Gomes subiu à tribuna para afirmar que “quando o dia-a-dia de um governo é ocupado a dar explicações ao país relativamente a trapalhadas da sua ação política, significa que esse governo já não é capaz de governar” e “já não acrescenta nada ao país”.

A TAP e a comissão de inquérito parlamentar voltaram a ser tema esta tarde, com o PSD a defender que a renacionalização da companhia aérea “está a ser a principal causa da agonia” do Governo, “o epitáfio de uma morte anunciada”.

Os sociais-democratas criticaram ainda o executivo pelas medidas tomadas no atual contexto de inflação, alertaram para precariedade no setor do Estado ou a degradação do Serviço Nacional de Saúde.

“Governar é assumir responsabilidades. António Costa não pode continuar a fugir e tem de dar explicações urgentes ao país”, sublinhou.

Na resposta, o deputado Porfírio Silva defendeu que “um partido que quer ser alternativa política, não pode querer fazer uma análise esquecendo coisas essenciais”.

O socialista salientou que a TAP teve já, “um ano antes do previsto no plano de recuperação, resultados positivos com a gestão pública” e que o Fundo Monetário Internacional (FMI) “reviu em alta as previsões de crescimento económico de Portugal para 2023 e para 2024”.

Mas o PS foi o único partido a defender o Governo, com o líder do Chega, André Ventura, a apontar para uma “degradação das instituições” e a pedir esclarecimentos ao grupo parlamentar socialista mas também ao presidente da Assembleia da República sobre a reunião, realizada em 17 de janeiro, entre Christine Ourmières-Widener, deputados do PS e elementos do Governo, na véspera de uma audição parlamentar da presidente executiva da transportadora aérea.

Pela IL, o líder parlamentar Rodrigo Saraiva questionou se o PSD estava disponível para construir rapidamente uma alternativa a este Governo, tendo o social-democrata Luís Gomes respondido que o seu partido estava preparado para governar mas que também “não está no bolso de ninguém”.

Alma Rivera, do PCP, questionou o PSD sobre o que faria de diferente do PS.

Numa outra declaração política, a líder parlamentar do PCP, Paula Santos, afirmou que “o quadro político, económico e social é marcado pela insuportável falta de resposta do Governo aos problemas do país, que se agravam dia após dia”.

“O Governo tem o que queria, livrou-se do que diziam ser os empecilhos, mas não utiliza as condições de que dispõe de governação, nem está a resolver os problemas que afetam os trabalhadores, o povo, porque não quer”, criticou Paula Santos, afirmando que “a maioria absoluta do PS tem servido sobretudo para atacar direitos e favorecer os interesses dos grupos económicos”.

A deputada comunista defendeu igualmente que “os trabalhadores e o povo não encontram no Governo PS respostas aos seus problemas, mas também não encontram respostas no PSD, CDS, CH e IL”.

Da bancada do PS, o deputado Eduardo Alves lembrou um “passado histórico” entre socialistas e comunistas e acusou o PCP de ignorarem “o contexto internacional e os avanços conjunturais e estruturais que o governo do PS tem feito”, referindo avanços na educação, ferrovia ou no “reforço dos apoios sociais”.

O BE dedicou a sua declaração política ao tema da precariedade de trabalhadores no setor da cultura, apontando casos o Museu Nacional de Arte Antiga, o MAAT ou o Teatro Nacional São João, e criticou a falta de respostas do ministro da Cultura na audição parlamentar em comissão que decorreu esta manhã.

“O Ministro da Cultura também não responde perante a precariedade dos setores que tutela. Não responde perante as negociações salariais na Lusa, não responde se incluem ou não o aumento de massa salarial para 6,3% e o aumento de 1% já prometido para o setor empresarial do Estado. Já nem falemos dos 100 euros que são a meta estabelecida por quem negoceia por parte dos trabalhadores da Lusa”, afirmou a deputada Joana Mortágua.

Já o Chega escolheu o tema da agricultura e apontou críticas à ministra, Maria do Céu Antunes, acusando-a de incompetência.

“Do nosso ponto de vista Portugal não tem” ministro da Agricultura, apontou o deputado Pedro Frazão.

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Fonte : Notícias ao Minuto – Politica  

12 Abril 2023

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