Política

PSD diz ser livre de questionar Medina, que responde que avalia oposição

A audição do ministro das Finanças na Comissão de Orçamento e Finanças (COF), no parlamento, no âmbito do requerimento potestativo do Chega, tinha como tema a medida temporária de redução do IVA para zero de alguns bens alimentares, mas acabou marcada pela troca de galhardetes entre Fernando Medina e os deputados sociais-democratas.

“Eu percebo que seja incómodo para o senhor ministro das Finanças que coloquemos as perguntas que temos que colocar, mas eu também gostava de recordar o senhor ministro das Finanças que o 25 de Abril também trouxe uma grande virtude, que é o poder do parlamento escrutinar o Governo”, disse o deputado Hugo Carneiro.

No início da audição, Fernando Medina tinha respondido ao deputado do Chega Rui Afonso sobre as notícias relativas a Laura Cravo, mulher do ministro das Infraestruturas, João Galamba, que o 25 de Abril trouxe igualdade entre mulheres e homens no tratamento.

“Não deixaremos de colocar as questões que entendemos”, acrescentou Hugo Carneiro, antes de questionar Medina sobre as funções de Laura Cravo.

O ministro das Finanças garantiu não ter “nenhum incómodo com as perguntas e muito menos com as perguntas que o senhor deputado faz”, antes de atirar: “Pela qualidade das perguntas afiro a qualidade da oposição”.

Medina assinalou que tal como o PSD tem o livre “critério” de fazer as suas questões, também o ministro pode tirar a sua “conclusão sobre essa própria escolha”.

A troca de farpas entre o governante e o deputado voltou a surgir, quando Medina afirmou que o parlamentar “gosta de esquecer da data” em que iniciou funções e “costuma querer” imputar-lhe “factos quando não era membro do Governo”.

Hugo Carneiro ripostou que também o PSD aprecia “a qualidade do Governo por aquilo” que vão “constatando”, como o caso Alexandra Reis, que “se façam reuniões secretas no parlamento para preparar audições de comissões de inquérito” ou “nunca ter revelado publicamente que pediu à CEO [presidente executiva] da TAP para se demitir”.

“Isto também permite avaliar a conduta e o comportamento político dos governantes que temos e, portanto, nós não nos inibimos de fazer as perguntas”, disse.

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Fonte : Notícias ao Minuto – Politica  

11 Abril 2023

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