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PSD acusa PS de "aprovar leis" em vez de "resolver problemas" com médicos

PSD acusa PS de "aprovar leis" em vez de "resolver problemas" com médicos

Em declarações à Lusa, o vice-presidente do PSD Miguel Pinto Luz acusou o PS de, « em vez de estar preocupado em resolver os problemas negociais com os médicos » que afetam o Serviço Nacional de Saúde (SNS), estar focado em « aprovar leis à medida no parlamento para continuar a alimentar uma máquina socialista que se serve do interesse do Estado« .

« Refiro-me a um aditamento que o PS pretende levar a votação [no Orçamento do Estado] que delega na direção executiva do SNS a capacidade de nomear mais de 300 lugares de chefia, nomeadamente para as novas ULS que entram em vigor em janeiro, durante o ano de 2024 », disse.

Para Pinto Luz, esta situação « traz à lembrança situações passadas em que o PS é pródigo em pôr a sua máquina ao serviço do pior aparelhismo ».

« O PSD vem de uma forma muito clara colocar isto a nu, apelar ao PS para que suspenda a entrada em vigor de uma reforma tão dramática como é esta, da generalização das ULS » para depois da posse do novo Governo, disse.

Caso o PS insista que estas novas ULS devem entrar em funcionamento em janeiro, o PSD vai propor no parlamento que as nomeações dos seus dirigentes sejam feitas « em regime de substituição », permitindo « não onerar o próximo Governo », que depois poderia « fazer as suas legítimas escolhas num novo quadro de gestão do SNS ».

« E não para garantir o poleiro a mais ‘boys’, a mais militantes do PS, colocando sempre os interesses do PS à frente dos interesses dos portugueses », criticou, defendendo que « o mais sério » seria suspender a entrada em vigor da reforma, que acontecerá já com o Governo em gestão.

O vice-presidente do PSD recordou que o partido deixou sempre claro que considera que a generalização das ULS « não é a solução » e poderá ser « um erro histórico », por tratar « de forma igual o que é diferente », e chegou a entregar no parlamento um pedido de apreciação do decreto do Governo pela Assembleia da República, que já não será apreciado com a demissão do executivo e futura dissolução parlamentar.

Em setembro, o diretor-executivo do SNS, Fernando Araújo, anunciou uma « grande reforma » a partir de janeiro de 2024 com a criação de 31 ULS – que integram os hospitais e os centros de saúde numa mesma instituição e gestão -, e que se juntam às oito já existentes.

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Fonte : Notícias ao Minuto – Politica  

21 novembre 2023

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