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Presidente polaco anuncia "ofensiva diplomática" antes da visita de Biden

Presidente polaco anuncia "ofensiva diplomática" antes da visita de Biden

Duda falava em Varsóvia, pouco antes de visitar uma base militar em Swietoszów (oeste), onde militares ucranianos estão a receber formação nos tanques pesados Leopard 2, de fabrico alemão.

Segundo o Presidente polaco, as próximas duas semanas serão “muito intensas”, estando previstas reuniões com vários dirigentes europeus para “tentar reforçar a segurança da Polónia e também adotar novas disposições que permitam apoiar a Ucrânia” – país invadido pela Rússia em fevereiro do ano passado – “de uma forma ainda melhor e mais eficaz”.

A ronda de contactos de Duda começa na terça-feira, com uma videoconferência com Zuzana Czaputova, Presidente da Eslováquia, país que vai acolher o próximo encontro dos nove países do antigo bloco comunista que aderiram à NATO.

No mesmo dia, Duda reúne-se com seu homólogo lituano, Gitanas Nauseda, que por sua vez vai ser anfitrião da próxima cimeira da NATO em julho, que o estadista polaco descreveu como “o evento político mais importante deste ano em termos de segurança”.

Na quinta-feira, Duda viajará para Bruxelas para se avistar com o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, antes de seguir para Londres para ser recebido pelo rei Carlos III e pelo primeiro-ministro, Rishi Sunak.

Após essa visita, Duda seguirá ainda para Munique para participar numa conferência sobre segurança, onde são esperados o chanceler alemão, Olaf Scholz, o Presidente francês, Emmanuel Macron, o recém-eleito Presidente da República Checa, Petr Pavel, e o primeiro-ministro norueguês, Jonas Gahr Stoer.

A Casa Branca anunciou na semana passada a visita de Joe Biden à Polónia de 20 a 22 de fevereiro, “um evento fundamental num momento decisivo para a construção da segurança” da Polónia, disse Duda.

O Presidente polaco sublinhou que “existem duas formas de construir resiliência e dissuasão”: pela “via puramente militar, construindo infraestruturas e modernizando o Exército” e “pela via política, onde a atividade da Polónia é de fundamental importância”.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas — 6,5 milhões de deslocados internos e mais de oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, pelo menos 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

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Fonte :  Notícias ao Minuto – Última Hora 

 

13 Fevereiro 2023

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