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PAN pede reforço dos direitos das pacientes com cancro do ovário

Na data em que se assinala o Dia Mundial do Cancro do Ovário, comemorado anualmente a 8 de maio, o PAN apresentou um projeto de resolução que, “através de um conjunto de medidas concretas, procura reforçar os direitos das pacientes com diagnóstico de cancro do ovário”.

A iniciativa, que deu entrada esta segunda-feira na Assembleia da República, pretende levar o Governo a tomar as “diligências necessárias” para garantir que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) “passe a assegurar o acesso de todas a mulheres com cancro do ovário ao tratamento de manutenção em primeira linha” para esta doença oncológica. Isto porque “o mesmo poderá significar mais anos de vida e melhor qualidade de vida” para os pacientes.

Em causa está uma “alternativa” que é, “desde há pouco tempo, financiada e disponibilizada no SNS apenas às pacientes com mutação (sBRCA ou Gbrca), o que deixa de fora 75% das pacientes com cancro do ovário” – com a deputada única Inês de Sousa Real a defender uma alteração desta realidade.

Até porque essa se trata de uma situação que “acaba por gerar uma grave desigualdade social”, já que as “mulheres com mais recursos económicos acabam por aceder a este tratamento que lhes é negado no SNS no setor privado”.

O partido ecologista pretende ainda, com este projeto de resolução, que o Executivo elabore “um estudo que avalie a possibilidade e viabilidade de se assegurar uma centralização das cirurgias do cancro do ovário avançado, em termos que garantam o respeito pelos critérios definidos pela Sociedade Europeia de Ginecologia Oncológica”.

E explica ainda o motivo que o leva a defender esta posição: “Na Suécia, na Noruega e na Dinamarca, onde esta centralização existe há anos, verificou-se um maior número de cirurgias primárias completas, menor tempo entre a cirurgia e o início da quimioterapia e melhoria significativa da sobrevivência”.

Esta iniciativa legislativa surge numa altura em que este se trata do “cancro ginecológico com maior taxa de mortalidade” – o que, segundo a Associação-Movimento Oncológico Ginecológico, “faz desta a oitava doença mais mortal nas mulheres e a quinta doença oncológica mais mortal nas mulheres”, elabora ainda a proposta do PAN.

Leia Também: Petição para acesso a tratamento ao cancro do ovário entregue hoje na AR

Fonte : Notícias ao Minuto – Politica  

8 Maio 2023

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