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Ninguém os quis e agora têm uma família. Duas mães para seis irmãos

Seis irmãos vão agora dar início a uma nova vida, depois de terem sido adotados por Elisa e Eliana, um dos 35 casais que, em julho do ano passado, responderam ao apelo de uma juíza para encontrar um lar para as crianças.

Na sexta-feira, o casal, que vive na cidade de Luis Palacios, Argentina, obteve a guarda pré-adotiva na sexta-feira, depois de passar por um complexo processo, tal como conta o diário argentino Clarín.

A guarda agora conseguida tem três meses e, se tudo correr conforme esperado, passará a uma adoção final.

Elisa e Eliana conheceram-se há mais de 20 anos, na Argentina, mas Eliana emigrou para a Galiza, Espanha, para viver com a avó. A amizade permaneceu ao longo dos anos, até Eliana convidar Elisa para umas férias em Espanha. O amor surgiu e o casal tornou-se inseparável em 2005.

As mulheres casaram em 2010, em Espanha, e cinco anos depois regressaram à pequena cidade de Luis Palacios, onde, em 2019, voltaram a dar o nó no registo civil. O próximo passar era adotar e, no passado dia 13 de julho, Eliana apercebeu-se de uma notícia passada numa rádio, que dava conta de um apelo de adoção feito por uma juíza, tendo enviado um email para o tribunal.

Apesar de tudo ser uma incerteza, uma vez que mais de 30 pessoas estavam interessadas na adoção dos seis irmãos, o casal decidiu comprar um carro de oito lugares.

“Assim que nos inscrevemos e sem saber o que ia acontecer, comprei um Peugeot 807 de oito lugares, a pensar neles. No dia seguinte, eles notificaram-nos da primeira audiência”, lembrou Eliana.

Elisa e Eliana conheceram os irmãos recentemente, mas já conseguem descrevê-los. “Camila (3 anos) é a que tem mais caráter, Jeremías (4) é o mais simpático e muito carinhoso; ao contrário do Cristian (5) que parece ser quem vai dar-nos mais trabalho. Noelia, embora tenha 6 anos, ainda brinca muito com os mais pequenos, e Alejandra (8) é curiosa e entusiasmada. A mais velha, Juliana (10), é como uma mãe para os irmãos. Ela é protetora e atenciosa”, contou.

Os irmãos, que chegaram à nova casa no sábado, entraram no radar das autoridades no ano passado, quando foram deixados ao abandono. A progenitora é uma jovem, toxicodependente, que informou o tribunal de que não queria continuar com as crianças. O pai também enfrenta problemas com consumo de drogas.

O tribunal tentou procurar tios ou avós para acolher as crianças, mas todos recusaram, e os irmãos “acabaram separados por um tempo”.

Na altura, a juíza encarregue do processo explicou que os mais velhos haviam dito que não se queriam separar e, assim, foi lançado um apelo para encontrar um lar para todos eles. Um apelo que terminou com um final feliz.

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Fonte :  Notícias ao Minuto – Última Hora 

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