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"Não pode alguém continuar a desempenhar funções contra a sua vontade"

Pedro Delgado Alves, deputado do Partido Socialista, disse esta quarta-feira, sobre a demissão de Jorge Seguro Sanches como presidente da comissão parlamentar de inquérito (CPI) à gestão política da TAP, que “não pode alguém continuar a desempenhar funções contra a sua vontade, quando sente que aquilo que esperava ser um determinado perfil de relacionamento com todos os grupos parlamentares não se registou”.

No programa Linhas Vermelhas, da SIC Notícias, o deputado socialista realçou que “especialmente nos últimos dias, houve várias discussões sobre o funcionamento da comissão”.

“Pode parecer de pormenor saber quais são as grelhas de tempo aplicadas ou a frequência das reuniões, mas foi isso que acabou por motivar uma acusação de falta de seriedade ao presidente, que ele entendeu ser uma linha vermelha, que não lhe permitia continuar nas funções“, explicou ainda.

Para Delgado Alves, pôr em causa “a opção do presidente ter feito uma convocatória usando a grelha mais curta de tempos” pode parecer “um pormenor”, mas faz parte do “dia a dia de quem preside uma comissão, que tem que coordenar e agendar um número brutal de audições num tempo razoavelmente curto”.

“O presidente da comissão, apesar de indicado por um partido, tem de ter algum distanciamento e alguma equidistância em relação a todas as forças. Este episódio, o facto de ter feito esforços significativos para que a comissão reunisse mais vezes – chegou a propor reuni à segunda-feira e à sexta-feira – gera uma dificuldade objetiva“, considerou ainda o deputado, considerando ser agora “fundamental” que “se centrem as atenções na conclusão destes trabalhos”.

Na terça-feira, recorde-se, Jorge Seguro Sanches, o então coordenador dos trabalhos da CPI à TAP, pediu ao vice-presidente que o substituísse, considerando urgente refletir se continuava a ter “as melhores condições” para cumprir o mandato.

Isto porque a discussão e votação de requerimentos, bem como um longo debate sobre a grelha usada nas audições, necessitaram de uma hora e meia – com momentos tensos -, adiando a audição de Humberto Pedrosa.

Entretanto, esta quarta-feira, Seguro Sanches foi substituído no cargo pelo deputado socialista António Lacerda Sales.

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Fonte : Notícias ao Minuto – Politica  

10 Maio 2023

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