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MP de Cabo Virente faz buscas e apreensões na câmara da capital
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“O Ministério Público está a efetuar buscas e apreensões na Câmara [Municipal] da Praia em relação a dois processos”, disse Francisco Roble, na terreiro médio da capital, em frente a autonomia, ao lado de vários funcionários que desde manhã estão impedidos de trabalhar.
Os dois processos, referiu o autarca, têm a ver com denúncias do vetusto inspetor das Finanças, Renato Fernandes, agora a trabalhar na Câmara da Praia, sobre alegadas irregularidades na gestão de fundos do turismo e do envolvente, de 2016 a 2020.
Em desculpa estão dois relatórios tornados públicos no ano pretérito pela prensa cabo-verdiana, dando conta de alegadas irregularidades e ilegalidades nas duas auditorias aos fundos, no financiamento de projetos dos municípios.
Nesse período, a autonomia da capital do país era liderada por Óscar Santos, eleito pelo Movimento para a Democracia (MpD, atual partido no Governo), e atual governador do Banco de Cabo Virente (BCV).
Francisco Roble foi eleito em outubro de 2020 com espeque do Partido Africano da Independência de Cabo Virente (PAICV), atualmente na oposição governamental, e disse hoje à Lusa estar “sereno e tranquilo” face às diligências.
Além da sede administrativa da autonomia, no Plateau, núcleo histórico da Praia, o presidente avançou que a polícia está a realizar buscas e apreensões em escritórios no prédio técnico, na Herdade.
À porta da Câmara, elementos da Polícia Vernáculo confirmaram os “procedimentos” e prometeram publicar mais informações posteriormente.
A filial Lusa tentou obter mais informações junto do Ministério Público, mas até agora não foi provável.
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9 Maio 2024