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Moção "fortalece Governo", diz PS. PSD fala em "malabarismo na retórica"

Moção "fortalece Governo", diz PS. PSD fala em "malabarismo na retórica"

Na fase final do debate sobre a moção de censura ao Governo apresentada pelo Chega — entretanto chumbada – o deputado e secretário-geral adjunto do PS, João Torres, considerou que o documento em causa « fortalece o Governo, a sua vontade, a sua determinação » e que « recentra o PS como o partido do povo », reafirmando-o como « o partido da confiança, da segurança e da estabilidade política ».

Para o deputado do PS, o Chega « decidiu trazer » para o parlamento « os desaguisados da direita, como se isso interessasse alguma coisa aos portugueses ».

Acusando o PSD de « proclamar a sua nova paixão pela descida do IRS », Torres atirou: « o PSD viu a luz na descida do IRS sete anos depois de o PS a praticar ».

João Torres salientou que, atualmente, « o emprego está em mínimos históricos e o nível de emprego em máximos », enaltecendo ainda a medida do Governo de IVA zero sobre alguns produtos alimentares considerados essenciais, que vai ser prolongada até ao final do ano.

« E dizem agora que o Serviço Nacional de Saúde não funciona e que as políticas de habitação estão paradas. Mas em 2022 o SNS teve a maior atividade assistencial da sua história e estão em fase de projeto ou obra mais de 17 mil habitações públicas no país », salientou.

Pelo PSD, o deputado Hugo Carneiro criticou o Chega pela apresentação da moção de censura, apelidando-a de uma « brincadeira de recreio », e manifestou preocupação com o « PS estar a conduzir o país ao empobrecimento ».

« O PSD apresentou no último orçamento a proposta de redução do IRC. Senhor primeiro-ministro, nada mudou nesse campo. O que mudou é que o senhor primeiro-ministro omite a forte arrecadação de receita por causa do imposto da inflação que permite já hoje reduzir em mil e 200 milhões de euros o IRS em 2023 », afirmou o deputado, acrescentando que « sobre isto » o primeiro-ministro « nada diz ».

« Malabarismo na retórica mas não se deixem enganar os portugueses com o flautista de Hamelin que conduz o PS », alertou Hugo Carneiro.

Na véspera da discussão no parlamento das medidas propostas pelo PSD para a descida dos impostos, o deputado deixou um desafio ao primeiro-ministro.

« Vai apoiar a redução de mil e 200 milhões de euros em 2023 no IRS? Sim ou não. É isso que deve fazer para apoiar a classe média, tenha coragem de aceitar a proposta do PSD », apelou.

Lamentando a « degradação dos serviços públicos », o social-democrata acusou os deputados do PS de terem deixado de escrutinar o Governo.

Antes desta troca de argumentos, O líder do Chega, André Ventura, voltou a usar a palavra para atacar tanto PS como PSD. Ao executivo, Ventura ‘atirou’ as greves dos médicos, dos professores e disse que os socialistas estavam num « debate de uma realidade paralela ».

« É um PS que vive na realidade cor-de-rosa de onde não quer sair, o PSD que quer dar a mão e segurar-lhes o castelo para não caírem. (…) Da extrema-esquerda não há muito mais a dizer, da direita piegas há muito que vamos esquecer, e há uma direita a sério que vai vencer e que vai derrubar o PS », defendeu.

Nos ataques aos sociais-democratas, Ventura chegou a dizer que « às vezes devia liderar o Chega e o PSD ao mesmo tempo ».

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Fonte : Notícias ao Minuto – Politica  

19 septembre 2023

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