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Milhares protestam em Israel pela sétima semana contra reforma judicial

Milhares protestam em Israel pela sétima semana contra reforma judicial

Um dos maiores protestos decorreu em Telavive, no âmbito de uma campanha de protesto iniciada já sete semanas após o ministro da Justiça, Yariv Levin, ter anunciado as alterações em janeiro.

Netanyahu e os seus apoiantes, membros do Governo com forte componente ultra-religiosa e considerado o mais à direita da história do país, consideram que as alterações são necessárias para retirar ao sistema judicial um poder excessivo.

Na cidade do centro do país, os manifestantes agitaram bandeiras israelitas e exibiam cartazes com a frase “Bibi [Netanyahu] tudo tem o seu fim” ou “Liberdade, Justiça Paz” e “República das bananas podre”, indicou a agência noticiosa Associated Press (AP).

No passado domingo, o Presidente israelita, Isaac Herzog, exortou Netanyahu a procurar um compromisso com os opositores políticos e adiar os contestados planos judiciais, mas na segunda-feira o Governo apresentou o projeto no Knesset (parlamento), com dezenas de milhares de pessoas a protestarem no exterior do edifício.

Se aprovado, entre outras questões, o plano, que o atual Governo de coligação propõe, significaria que o parlamento poderia anular com uma maioria simples as decisões do Supremo Tribunal que anulam a legislação ou as decisões do Governo.

O Supremo Tribunal tem o poder de anular as normas que considera contrárias às leis básicas de Israel — o corpo de leis com estatuto constitucional — e os opositores do plano acreditam que a reforma iria corroer a separação de poderes e enfraquecer as bases formais da democracia israelita.

Desde que o Governo anunciou a sua intenção de avançar com a lei, há mais de um mês, os protestos têm sido maciços em Telavive, o principal bastião das posições liberais em Israel.

Estes são os maiores protestos no país em décadas e em finais de janeiro mais de 120.000 pessoas saíram à rua, na que foi considerada uma das maiores manifestações dos últimos anos no país do Médio Oriente.

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Fonte :  Notícias ao Minuto – Última Hora 

 

18 Fevereiro 2023

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