Uncategorized

"Mesmo os ateus, com certeza, estão satisfeitos" com a JMJ
A socialista Ana Gomes considerou, no domingo à noite, no seu habitual espaço de comentário da SIC Notícias, que “mesmo os ateus” – como disse ser o seu caso – “com certeza, estão satisfeitos” com o modo como decorreu a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em Portugal, visto que “correu bem”.
“Foi mais uma excelente organização, não apenas da Igreja, mas de Portugal”, argumentou a ex-candidata presidencial, classificando o exemplo como se tendo tratado de um “sucesso”.
“Sucesso” esse que, elaborou, “foi sempre pautado por uma grande alegria e pela grande disponibilidade dos jovens para ouvirem uma mensagem que procurou ir para além do dia-a-dia, e fazê-los levantar os olhos dos telemóveis e não se conformarem”.
Fazendo referência à mensagem veiculada pelo Papa Francisco durante os seus seis dias de estadia em território nacional, Ana Gomes revelou: “Eu, como ateia, até me identifico com os princípios e valores que resultaram das mensagens do Papa. Em particular, a ideia da Igreja aberta a todos”.
Isto porque aquilo que está aqui em causa são “ideais de Humanismo e de direitos humanos” – com a comentadora a destacar os “direitos das minorias, incluindo aquelas que alguns reacionários, dentro da própria Igreja, tentam proscrever como se não fossem humanos”, aludindo à realidade dos indivíduos LGBT.
Ana Gomes destacou ainda a mensagem de “apoio e de compensação pelas vítimas da perversão maior” dos abusos sexuais na Igreja, também veiculada pelo Sumo Pontífice. “Não é, por acaso, que o Papa chega e diz que os responsáveis têm de ser levados à justiça”, apontou ainda a socialista.
E concluiu: “O próprio Papa teve um encontro aparentemente muito importante e, de alguma maneira, reparador para as vítimas dos abusos sexuais. E eu só espero que isso tenha, também, consequências e que, por exemplo, a associação das vítimas destes abusos seja recebida pelo Presidente da República, que ainda não foi”.
Importa lembrar que a JMJ começou oficialmente na terça-feira, dia 1 de agosto, e decorreu até domingo, dia 6. Considerado o maior evento da Igreja Católica, a estimativa inicial apontava uma afluência de cerca de 1,5 milhões de pessoas ao longo de todo o evento, para além da participação do Sumo Pontífice, o Papa Francisco, que chegou a Portugal na quarta-feira.
As jornadas nasceram por iniciativa do Papa João Paulo II, na sequência de um primeiro encontro desta natureza promovido em Roma, em 1985, por ocasião da celebração do Ano Internacional da Juventude.
As principais cerimónias desta jornada decorreram no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, embora também tenham sido realizados eventos noutras localizações – nomeadamente no Parque Eduardo VII.
Leia Também: Enfrentamento entre Marcelo e Costa? “Ainda a procissão vai no adro”
Fonte : Notícias ao Minuto – Politica
7 Agosto 2023