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“Jogámos na quinta-feira, o Sporting jogou terça… Faz toda a diferença”

“Jogámos na quinta-feira, o Sporting jogou terça… Faz toda a diferença”

Estudo ao jogo: “Vamos contextualizar este jogo primeiro. Jogámos quinta-feira, fizemos uma viagem, o Sporting jogou terça. Sei que isto não interessa para nada, mas faz toda a diferença. Jogámos com cinco avançados, e como sabíamos que na 2.ª parte íamos ter naturais dificuldades físicas, apostámos numa entrada forte. Conseguimos chegar à vantagem de 2-0 e o Matheus nem foi importunado, apesar de o Sporting ter tido mais posse de bola. Na segunda parte não houve intenção de descer no terreno. Foi fruto da capacidade do Sporting e da nossa incapacidade física, que jogou há menos tempo. O primeiro golo aparece num canto, e os golos seguintes que transformam o jogo são ambos de fora de área. Antes disso, o Matheus fez uma defesa. E depois aparece o 4-2, numa eficácia grande”.

 

“Tínhamos vontade e queríamos chegar mais vezes à baliza, mas o Sporting estava mais fresco. Tivemos muitas dificuldades na 2.ª parte. O plano surtiu em pleno, ficar em vantagem, e depois tentámos segurar a vantagem e faltou chegar à baliza, por falta de energia e não por falta de vontade. Tenho de dar os parabéns aos jogadores pelo que fizeram. Tenho de apelar à compreensão das pessoas. É muito fácil falar. Tínhamos outra opção, quer era resguardar e tentar qualquer coisa na 2.ª parte. Mas era pior, porque não iríamos ter energia depois. O tempo ia funcionar contra nós e sabíamos disso”.

Guia frustrante? “Claro que sim. Imaginem isto ao contrário. De certeza que nos íamos nós superiorizar no jogo. Estamos a falar de 70 horas, depois do último jogo. Até na preparação, é muito difícil de se fazer. Procurámos fazer o melhor, fomos ariscos, de peito feito, chegámos ao 2-0. Não houve energia para mais. Ponto. Não posso apontar absolutamente nada à minha equipa. Só tenho de lhes dar os parabéns”.

Risco de 3 funcionou muito. É uma escolha para o porvir? “Não considero que sejam debilidades. São erros defensivos, pontuais. Têm realizado, expulsões também, tem sido uma quadra atípica a esse nível. Fiquei satisfeito com a equipa. Pode-se questionar: ‘podia ter mudado os médios?’ O Vítor [Carvalho] fazia falta na globo paragem e o João Moutinho interpreta muito o fecho de espaços. Para a frente é que é o caminho. Batemo-nos muito contra um rival que tem feito a vida difícil a toda a gente. Se calhar, em circunstâncias normais, podíamos vencer leste jogo.

João Ferreira e Ricardo Quintal fizeram boas exibições: “A equipa esteve toda bem na minha opinião. Roger e Gabri nos corredores, os três centrais muito bem, o Ricardo a mostrar o seu nível. O Bruma esteve bem, o Amine [El Ouazzani] também. Para mim, todos estiveram irrepreensíveis. Mas volto a repetir: são humanos, com 70 horas de preparação, jogo sobre jogo, é muito difícil”.

Já treinou na Premier League. O que é que disse a Ruben Amorim? “Dei-lhe os parabéns pelo trabalho que fez no Sporting e desejei-lhe os parabéns”. 

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10 Novembro 2024

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