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Israel. ONU pede inquérito a violações do direito humanitário
Volker Türk também se manifestou alarmado com a situação “potencialmente explosiva” na Cisjordânia ocupada, durante uma reunião na cidade suíça de Genebra com os países membros sobre a sua recente viagem ao Médio Oriente.
“Estou profundamente preocupado com a intensificação da violência e a grave discriminação contra os palestinianos na Cisjordânia ocupada, incluindo Jerusalém Oriental”, disse Turk.
A guerra em curso foi desencadeada por um ataque do grupo extremista palestiniano Hamas no sul de Israel que provocou 1.200 mortos, segundo as autoridades.
Seguiu-se uma operação militar israelita contra o Hamas na Faixa de Gaza que causou mais de 11 mil mortos, de acordo com as autoridades locais controladas pelo grupo islamita.
“Foi desencadeada uma conflagração de violência nos Territórios Palestinianos Ocupados, tanto em Gaza como na Cisjordânia, bem como em Israel”, disse o responsável pelo Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH).
Depois de ter visitado a região, Volker Turk disse ser necessária uma investigação internacional.
“As alegações extremamente graves de violações múltiplas e graves do direito humanitário internacional, independentemente de quem sejam os autores, exigem uma investigação rigorosa e o apuramento de responsabilidades”, afirmou.
Türk avisou que as infrações ao direito humanitário internacional, mesmo os crimes de guerra, cometidas por uma das partes “não isentam nunca” a outra parte do cumprimento dos princípios do direito da guerra.
“Ninguém está acima da lei, e o direito humanitário internacional é claro”, afirmou o advogado austríaco que lidera o ACNUDH desde outubro de 2022.
A embaixadora de Israel junto da ONU em Genebra denunciou as críticas de Volker Türk às alegadas violações na guerra contra o Hamas, afirmando que direito internacional não é um “pacto suicida”.
Se um Estado não se puder defender “ou se for criticado por o fazer em conformidade com o direito internacional, as organizações terroristas sentir-se-ão inevitavelmente mais encorajadas e continuarão a utilizar os seus métodos, confiantes no apoio internacional contínuo”, afirmou.
Já o embaixador palestiniano apelou aos países para que acordem para as operações do exército israelita na Faixa de Gaza.
“É um massacre, é um genocídio. E estamos a ver isso na televisão. Isto não pode continuar”, disse Ibrahim Khraishi aos representantes dos países membros das Nações Unidas, citado pela agência francesa AFP.
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Fonte : Notícias ao Minuto – Última Hora
16 Novembro 2023