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Igreja Anglicana. Líder pressionado para trespassar por inação sobre abusos
Mais de 3.600 pessoas assinaram uma petição eletrónica, coordenada por membros do sínodo ou câmara da sociedade maioritária no Reino Uno, pedindo a exoneração imediata de Welby, cuja gestão do caso foi criticada num interrogatório interno divulgado na semana passada.
O chamado relatório Makin concluiu que a inação do padre permitiu a prolongamento de alegados crimes cometidos ao longo de décadas pelo falecido legisperito canadiano John Smyth, alegadamente responsável de abusos sexuais, físicos e psicológicos de mais de 100 crianças na sua qualidade de líder de um acampamento cristão.
Welby não denunciou imediatamente o caso às autoridades quando soube da sua existência ao tomar posse em 2013.
Para além de uma missiva ocasião publicada no sábado pretérito, a bispa de Newcastle, Helen-Ann Hartley, tornou-se hoje a pessoa mais importante a pedir a sua exoneração.
Welby reconheceu na semana passada que deveria ter agido quando soube do comportamento de Smyth, que morreu em 2018, mas depois de pensar sobre o objecto, descartou a possibilidade de se desonerar.
O promotor de acampamentos, que morreu na África do Sul enquanto estava a ser investigado pela polícia britânica, é considerado o pedófilo mais prolífico associado à Igreja de Inglaterra, o princípio do anglicanismo no mundo.
O padre Giles Fraser, ele próprio vítima de abusos quando moço, disse à BBC que Welby “perdeu a confiança do clero”, enquanto Hartley advertiu que será difícil “continuar a ter uma voz sobre a moralidade” sob a sua liderança.
O prelado afirmou que a exoneração do primaz da Igreja Anglicana “seria uma indicação clara de que foi traçada uma linha e de que existe um movimento no sentido da independência em matéria de proteção das crianças” no seio da Igreja.
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11 Novembro 2024