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Ibrahimovic de regresso aos relvados: "Ainda sou o Deus, o número um"
Zlatan Ibrahimovic voltou nesta semana ao treinos do AC Milan. Afastado cerca de oito meses devido a uma lesão no joelho, o avançado sueco prepara-se para estrear na atual temporada.
Questionado sobre o momento de forma e sobre o sentimento de voltar aos relvados, Ibrahimovic respondeu… à Ibrahimovic.
“Ainda sou o Deus, ainda sou o número um. Estou de volta e vou mudar a música. Quero muito fazer muitas coisas, recuperar o tempo que perdi nestes últimos meses”, começou por dizer em entrevista ao Sportmediaset.
A assertividade com que Ibrahimovic costuma dizer que é o melhor já lhe valeu críticas. O sueco mostrou-se despreocupado e deixou uma mensagem.
“É normal, porque, se não te criticam, tu não estás no topo. Há 25 anos que sou criticado porque sou o número um, estou acostumado a isso. É como colocar lenha na fogueira e, quando se brinca com o fogo, queima-se. Se ainda me sinto o Deus? Claro, nada mudou. Não quero voltar aos relvados por caridade, se entrar será para trazer o resultado e para fazer o que sempre fiz. Caso contrário, não seria um desafio. Ficava em casa a brincar com os meus filhos”, disse ainda.
O AC Milan tem apresentado algumas dificuldades para igualar o nível de qualidade da última época, mas Ibrahimovic não se mostra preocupado com a situação exibicional da equipa.
“São momentos normais dentro de um campeonato. Agora precisamos de falar menos e mostrar mais o valor que temos dentro do campo. Ajuda? Eu estou bem, sinto-me livre dentro e fora do campo. Neste período, fiz de tudo para ajudar o treinador, o staff e o clube por fora. Tive paciência porque tinha de voltar ao topo. A recuperação está a correr conforme foi planeada”, acrescentou.
Aos 41 anos, o fim da carreira não passa pela cabeça de Ibrahimovic.
“Ainda tenho muitas páginas para escrever porque a qualidade não desaparece. O físico muda, a preparação física é diferente, mas a qualidade não desaparece, é algo que fica. Aos que não acreditam em Deus, vou mostrar em campo, não em palavras. Quero demonstrar o meu talento todos os dias com muita vontade, mas não apenas individualmente. Quero passar a minha credibilidade para os outros. Nem tudo deve depender de mim, quero passar para os outros tudo o que tenho dentro de mim. Nesta situação não tenho que ter, só tenho que dar. Esse também é o meu desafio. Tenho 41 anos, jogo no Milan e estou no topo. Quero transferir os meus olhos para os outros, estou aqui para eles, não para mim. Se dependesse de mim, estaria numa ilha com um charuto. Se eu puder ser um exemplo e um líder, assim farei”, concluiu.
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Fonte : Notícias ao Minuto – Última Hora
8 Fevereiro 2023