Última Hora

Hamas descarta nacionalidades específicas para libertar reféns

Hamas descarta nacionalidades específicas para libertar reféns

“Para nós, todos os reféns são israelitas”, afirmou um porta-voz do gabinete político do Hamas, Musa Abu Marzuk, em entrevista à agência russa Sputnik, na qual destacou que “a maioria” das pessoas raptadas nos ataques de 7 de outubro têm “alguma outra nacionalidade” além da de Israel.

Abu Marzuk reconheceu que muitos dos países que têm cidadãos sob cativeiro apresentaram algum tipo de pedido, incluindo “amigos russos”.

Face à exigência de Moscovo de libertação dos reféns, o porta-voz do Hamas prometeu que o grupo tratará o pedido russo “de uma forma mais positiva e com maior atenção do que outros”, tendo em conta “a natureza das relações bilaterais”.

Os militantes palestinianos libertaram apenas quatro reféns, enquanto o Exército israelita elevou hoje o número oficial de pessoas detidas na Faixa de Gaza para 229.

Na quinta-feira, as Brigadas de Al-Qassem, braço armado do Hamas, anunciaram a morte de 50 reféns nos bombardeamentos de Israel à Faixa de Gaza, onde o grupo se encontra no poder desde 2007.

Num comunicado, o porta-voz das Brigadas de Al-Qassem, Abu Obeida, limitou-se a informar da morte de 50 reféns israelitas em consequência dos ataques aéreos a Gaza, sem fornecer mais pormenores.

“As Brigadas de Al-Qassem calculam que o número de reféns sionistas mortos na Faixa de Gaza por causa dos bombardeamentos e dos massacres sionistas tenha alcançado perto de 50”, indicou o braço armado do Hamas na plataforma digital Telegram, uma afirmação que não foi possível verificar junto de fontes independentes.

O Hamas, que utiliza o termo “sionistas” para designar os israelitas, tinha dado conta de 22 reféns mortos em 16 de outubro.

Segundo dados fornecidos na quarta-feira pelo Governo israelita, mais de metade dos reféns tem passaporte estrangeiro de cerca de 25 países. Entre os sequestrados, há pelo menos 54 pessoas de nacionalidade tailandesa.

O grupo islamita Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.

Leia Também: Israel. Hamas recusa libertar reféns sem cessar-fogo em Gaza

Fonte :  Notícias ao Minuto – Última Hora 

 

27 Outubro 2023

Comments are closed.