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Grupo armado anti-junta anuncia "batalha decisiva" no oeste de Myanmar

Grupo armado anti-junta anuncia "batalha decisiva" no oeste de Myanmar

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Os confrontos têm-se intensificado no estado de Raquine, no oeste do país, desde que o Exército Arakan (AA) atacou as forças de segurança, em novembro, acabando com um cessar-fogo amplamente respeitado desde o golpe de Estado da junta militar, em 2021.

A junta ainda controla Sittwe, mas, nas últimas semanas, os combatentes do AA avançaram para os distritos vizinhos, tendo praticamente cercado toda a capital do estado.

“Gostaria de aconselhar as pessoas que estão bloqueadas em áreas inimigas como Sittwe e Kyaukpyu a saírem e virem para as áreas libertadas o mais rapidamente possível”, avisou o líder do AA, Twan Mrat Naing, num discurso feito na quarta-feira, perante as suas tropas.

“Temos de nos preparar para uma batalha decisiva”, acrescentou.

A declaração foi feita no momento em que os militares de Myanmar (antiga Birmânia) enfrentam dificuldades no leste do país, onde outro grupo étnico armado anunciou esta semana que os soldados da junta perderam o controlo de uma cidade importante na fronteira com a Tailândia, Myawaddy.

No mês passado, as Nações Unidas expressaram preocupação com relatos de ataques aéreos militares em aldeias do estado de Raquine.

Dezenas de milhares de pessoas foram recentemente deslocadas devido aos combates nesta região, palco de uma repressão militar em 2017 contra os muçulmanos da minoria étnica Rohingya, que fugiram às centenas de milhares para o vizinho Bangladesh.

A comunicação com a cidade é extremamente difícil, já que a maioria das redes móveis foi cortada.

Os combates também se espalharam pelos países vizinhos Índia e Bangladesh e, no início deste mês, pelo menos duas pessoas foram mortas em Bangladesh por morteiros disparados de Myanmar.

O AA é um dos vários grupos étnicos armados das regiões fronteiriças do país, muitos dos quais lutaram contra o exército desde que aquele país obteve a independência do Reino Unido, em 1948.

Leia Também: Human Rights Watch acusa Myanmar de recrutar rohingya à força

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12 Abril 2024

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