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Futuro não pode ser entre Carneiro ou Pedro Nuno, "delfim de Louçã"
Na intervenção de abertura do Conselho Nacional da IL, o presidente do partido, Rui Rocha, considerou que o “fim do capítulo” de António Costa como primeiro-ministro é “uma enorme oportunidade para os portugueses” para o futuro.
“Como sabem perfilam-se dois candidatos aparentemente para suceder a António Costa, José Luís Carneiro e Pedro Nuno Santos. O futuro não pode ser para o país ter à frente da governação um antigo ministro e um atual ministro de António Costa”, considerou, defendendo que “o país não aguenta mais socialismo nem mais socialistas”.
Focando-se em Pedro Nuno Santos, Rui Rocha considerou que o país não pode ser aquilo que “alguém que é uma esquerda radical faria”.
“Não podemos ter um país paralisado pela ideologia, paralisado pela esquerda. Não podemos ter um delfim de Francisco Louçã à frente do país, não pode ser, não pode ser”, disse, numa referência ao fundador e ex-líder do BE.
Para a noite eleitoral de 10 de março, para quando estão marcadas as legislativas antecipadas, o líder da IL já traçou três objetivos, reiterando que o partido não integrará qualquer coligação pré-eleitoral, apresentando-se “com as suas listas, com as suas ideias e com os seus candidatos”.
Para além de esperar que, olhando para trás, todas as decisões que implicam coragem tenham sido tomadas”, Rui Rocha fixa como meta que “o PS seja afastado do poder”.
“E que esse seja o primeiro dia de muitos anos em que o PS esteja afastado do poder. O PS precisa de estar muitos anos afastado do poder para se curar a si próprio de todo o problema que gerou com esta falta de dignidade no exercício de funções públicas”, enfatizou.
O terceiro objetivo dos liberais é que “nessa noite haja condições para que a solução que vem para o país seja uma solução que tem no seu núcleo a defesa de um caminho muito mais liberal para Portugal”.
“Não vale a pena afastar o PS para no dia seguinte termos mais do mesmo”, avisou.
Rui Rocha antecipou que o partido vai sofrer pressões para fazer uma coligação pré-eleitoral, já rejeitada, e que “agora vão todos falar de sistema eleitoral”, recusando a justificação do Método de Hondt para este cenário.
“Nós somos a solução para o voto de muita gente”, disse, explicando que se a IL perdesse agora a sua identidade e se deixasse “engolir por listas conjuntas havia muita gente que não votaria nestas eleições antecipadas”.
O líder da IL também rejeitou os argumentos sobre o Método de Hondt para a derrota do PSD quando Rui Rio era líder e o PS conseguiu uma maioria absoluta.
“Rui Rio não conseguiu ganhar ao PS porque foi uma má oposição”, disse.
Para combater os votos desperdiçados em cada eleição legislativa, a IL deu já entrada de uma proposta no parlamento para a criação de um círculo de compensação e, além de prometer que esta medida estará de novo no seu programa eleitoral, Rui Rocha anunciou que, apesar de já não poder ter qualquer impacto nas legislativas antecipadas, os liberais vão agendar um debate potestativo sobre este projeto ainda antes de a Assembleia da República ser dissolvida.
[Notícia atualizada às 13h40]
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Fonte : Notícias ao Minuto – Última Hora
12 Novembro 2023