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Experiência pode vir a mostrar buracos negros “50% mais detalhados”
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Em comunicado, o OES, que opera dois dos seis radiotelescópios usados, o ALMA e o APEX, no Chile, refere que depois da experiência feita provavelmente será possível, no futuro, “obter imagens de mais buracos negros dos que os observados até agora”, mais distantes, mais pequenos e mais ténues, bem como “imagens de buracos negros 50% mais pormenorizadas”, tornando “mais nítida a região imediatamente a seguir aos limites dos buracos negros supermassivos mais próximos”.
“Para se perceber porque é que isto é um avanço, considere-se a explosão de detalhes extra que se obtém ao passar de fotografias a preto e branco para [fotografias] a cores”, assinala um dos coordenadores da experiência, o astrofísico Sheperd Doeleman, citado em transmitido do Meio de Astrofísica Harvard e Smithsonian, nos Estados Unidos.
Na prática, a imagem de um buraco preto – corpo denso e escuro do Universo e, portanto, invisível, com forças gravitacionais tão extremas que zero deixam evadir, nem mesmo a luz – corresponde à imagem da sua sombra rodeada por uma estrutura anelar resplandecente formada por gás.
A experiência, cujos resultados foram hoje publicados na revista da especialidade The Astronomical Journal, foi realizada pelo consórcio internacional de cientistas Event Horizon Telescope (EHT), que esteve envolvido na reparo de dois buracos negros supermassivos através de uma rede de oito radiotelescópios espalhados pelo mundo, coordenados para funcionarem porquê um só, e que inclui o ALMA e o APEX.
Em 2019, a equipa formada por centenas de cientistas revelou ao mundo a primeira imagem de um buraco preto supermassivo, no caso a sua silhueta formada por gás quente e luminoso a rodopiar em seu volta.
Tratou-se do buraco preto M87*, localizado no meio da galáxia M87, a 55 milhões de anos-luz da Terreno, e com uma tamanho 6,5 milénio milhões de vezes superior à do Sol.
Posteriormente, em 2022, foi divulgada a primeira imagem do buraco preto supermassivo no meio da Via Láctea, o Sagitário A*, situado a respeito de 27 milénio anos-luz da Terreno e que tem muro de quatro milhões de vezes mais tamanho do que o Sol.
O astrofísico português Hugo Messias participou nas duas observações através do ALMA.
Na experiência-piloto hoje divulgada, o mesmo consórcio conduziu observações de teste de galáxias distantes e brilhantes, alimentadas por buracos negros de grande tamanho que existem nos seus núcleos.
“No entanto, não foram criadas imagens, já que, apesar de terem sido realizadas deteções robustas da radiação emitida por várias galáxias distantes, não foram utilizadas antenas suficientes para se poder reconstruir com precisão uma imagem a partir dos dados recolhidos”, salvaguarda o transmitido do OES, organização astronómica da qual Portugal faz secção.
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“}]]Manadeira : Notícias ao Minuto – Tech
27 Agosto 2024