Politica

Da "mobilização" à "árvore nova". Partidos reagem ao discurso de Marcelo

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, discursou, este sábado, nas celebrações oficiais do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, no Peso da Régua, distrito de Vila Real. Num discurso marcado por alguns ‘recados’, o chefe de Estado considerou que “é preciso cortar os ramos mortos, que atingem a árvore toda”, ao mesmo tempo que pediu um Portugal “mais forte e mais justo cá dentro”, com “mais riqueza, mais igualdade e mais coesão”.

País será capaz de “gerar mais oportunidades” e “mais riqueza”

O líder do Partido Social Democrata (PSD) foi um dos primeiros a reagir ao discurso de Marcelo, corroborando as suas palavras e referindo que acredita que o país será capaz de “gerar mais oportunidades”, criar “mais riqueza” e fixar os jovens.

Quero corroborar o que disse o Presidente da República, acredito muito no futuro de Portugal. Tenho esperança de que seremos capazes de gerar mais oportunidades, de criar mais riqueza e fixar os nossos jovens“, afirmou Luís Montenegro, que disse querer falar apenas dos “temas muito importantes” do país.

Hoje, quero dizer que vale a pena acreditar em Portugal. O país pode e deve saber que o PSD não desiste de Portugal. O líder do PSD quer ser primeiro-ministro, mas não é para preencher nenhum capricho, é para dar mais desenvolvimento ao país“, referiu.

“Mais do que a poda”, Portugal precisa de “uma árvore nova”

Por sua vez, o presidente da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, defendeu que “mais do que uma poda”, o país precisa “de uma árvore nova”.

A árvore está contaminada e, portanto, mais do que a poda que o senhor Presidente da República recomenda, o que nós precisamos no país é de uma árvore nova“, disse hoje Rui Rocha, em reação ao discurso de Marcelo Rebelo de Sousa.

Rui Rocha interpretou as palavras de Marcelo Rebelo de Sousa entendendo os “ramos que é preciso cortar como ministros”, na “metáfora que o senhor Presidente da República quis fazer”, questionando, além da permanência no Governo do ministro das Infraestruturas, João Galamba, também a da ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, ou do ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho.

Há vários ramos deste Governo que são ramos que não têm viabilidade, já mostraram que não têm condições para estar no Governo“, defendeu.

PS saúda mensagem de “mobilização, unidade e continuidade” 

Já o dirigente socialista Porfírio Silva saudou hoje a mensagem de “mobilização, unidade, persistência e continuidade” do Presidente da República.

O senhor Presidente da República, não se referindo às questões circunstanciais, mas referindo-se ao longo prazo, referindo-se ao essencial, àquilo que faz com que todos nos sintamos orgulhosos de ser portugueses, transmitiu a mensagem importante, que é sempre uma mensagem importante para um país enfrentar aquilo que tem que fazer. E é essa mensagem de mobilização, de unidade, de persistência, de continuidade, que o PS saúda vivamente e penso que marcou este 10 de Junho”, considerou Porfírio Silva.

Interrogado sobre como leu as palavras de Marcelo quando considerou necessário “cortar os ramos mortos que atingem a árvore toda”, Porfírio Silva respondeu que “como o próprio senhor Presidente da República disse, o discurso do 10 de Junho não foi um discurso sobre a atualidade, não foi sobre o dia-a-dia, foi sobre os grandes desafios do país”.

Recorde-se que as comemorações do Dia de Portugal, de Camões das Comunidades Portuguesas terminaram hoje no Peso da Régua com a tradicional cerimónia militar do 10 de Junho, depois de terem passado pela África do Sul.

O Presidente da República defendeu que Portugal não pode desistir de criar mais riqueza, igualdade e coesão, considerando que só isso permitirá que continue a ter a sua “projeção no mundo”.

Leia Também: Marcelo enaltece “inabalável espírito de missão” dos combatentes

Fonte : Notícias ao Minuto – Politica  

10 Junho 2023

Comments are closed.