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CPI à TAP? PCP salienta que foram "apurados factos substanciais"
O deputado do PCP Bruno Dias fez, esta terça-feira, um balanço sobre a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à Gestão da TAP, quase dois meses depois do seu início.
“Já foram apurados factos substanciais. A indemnização paga a Alexandra reis é ilegal e terá de ser devolvida. Quem pagou a indemnização ilegal foram o presidente do Conselho de Administração e a presidente da Comissão Executiva – e ambos já foram demitidos. Quem autorizou a indemnização ilegal foram o ministro Pedro Nuno Santos e secretário de Estado Hugo Mendes – e ambos já se demitiram”, enumerou, em declarações na Assembleia da República.
O comunista considerou, no entanto, que “talvez por isso o foco do tratamento mediático da CPI tem-se deslocado para questões laterais”, que muitas vezes são, de acordo com Bruno Dias “empoladas”. “Contribuindo, em larga medida, não apenas para desvalorizar a TAP e atacar a existência de empresas públicas, mas também para corroer as instituições e regime democrático”, considerou.
O deputado sublinhou ainda que para os comunistas é importante falar da TAP, não para a vender “depressa”, mas sim para a desenvolver. “Para quem conseguir penetrar através da espuma dos casos mediatizados é possível tirar, desde já, importantes conclusões”, disse, referindo-se à economia nacional.
Bruno Dias sublinhou ainda que a CPI permitiu concluir algumas coisa sobre o processo de privatização, nomeadamente, que David Neelman “usou dinheiro da TAP para fingir que estava a capitalizar a TAP”. “Quando chegou a pandemia, não só fugiu às responsabilidades, como foi recompensado com milhões de euros que o Governo PS conscientemente lhe ofereceu para ir embora”, acusou.
“Os trabalhos da CPI também já permitiram conhecer melhor muito do que esteve escondido do povo português sobre o processo de reestruturação que foi imposto pela UE e pelo governo PS como antecâmara da privatização”, rematou.
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Fonte : Notícias ao Minuto – Politica
30 Maio 2023