Mundo

COP29: Adotadas regras para questionável mercado dos créditos de carbono

COP29: Adotadas regras para questionável mercado dos créditos de carbono

“É extremamente importante” porque irá “abrir caminho” para um mercado de carbono mais estabelecido, concebido para negociar créditos de carbono de qualidade, com normas apoiadas pelas Nações Unidas, disse Erika Lennon, perito na material do Meio para o Recta Ambiental Internacional (CIEL), citada pela filial de notícias AFP.

 

No entanto, uma vez que várias organizações não-governamentais (ONG) fizeram, criticou o que considera ser a falta de transparência com que os textos foram aprovados na conferência da ONU sobre o clima de Baku, que hoje começou no Azerbaijão e que termina no próximo dia 22.

Outros textos oficiais terão ainda de ser preparados para estabelecer um mercado fiável, mas a decisão de hoje vai pôr em marcha um mecanismo que tem sido aguardado desde o Combinação de Paris de 2015 (e o seu cláusula 6).

Os créditos de carbono são gerados por atividades que reduzem as emissões de gases com efeito de estufa responsáveis pelo aquecimento global, uma vez que a plantação de árvores, a proteção de habitats ou a substituição de carvão poluente por pujança solar ou eólica.

Um crédito equivale a uma tonelada de dióxido de carbono que se evita que entre ou seja eliminada da atmosfera.

Os critérios adotados em Baku regem a metodologia para calcular o número de créditos que um determinado projeto pode gerar e o que acontece se o carbono armazenado se perder, por exemplo, se a floresta em justificação flamejar.

As normas propostas dizem principalmente reverência aos países – mormente os poluidores ricos – que procuram ressarcir as suas emissões comprando créditos a nações que reduziram os gases com efeito de estufa além do que tinham prometido.

Em última estudo, isto permitirá que os países utilizem os créditos de carbono adquiridos a outros para reduzir unicamente no papel as suas emissões de gases com efeito de estufa.

Até agora levante mercado tem-se desenvolvido por si só, à margem de quaisquer regras internacionais, e tem sido utilizado principalmente por empresas que pretendem “compensar” as suas emissões e reivindicar a neutralidade do carbono.

Mas vários estudos demonstraram a ineficácia de muitos projetos, certificados por organismos privados pouco rigorosos, por vezes em detrimento das populações locais.

O primeiro dia da cimeira foi também marcado pela promessa do representante dos Estados Unidos, John Podesta, de que a ação climática continuará no país. Depois a vitória de Donald Trump nas eleições da semana passada espera-se que os Estados Unidos se retirem do Combinação de Paris, uma vez que aconteceu na primeira presidência de Donald Trump.

Uma das principais questões da COP29, marcada pela falta dos principais líderes mundiais, é fixar o montante de ajuda climática dos países desenvolvidos aos ao desenvolvimento, para que estes possam desenvolver-se sem o petróleo e o carvão e possam enfrentar os efeitos das alterações climáticas, uma vez que secas e inundações.

Atualmente em 116 milénio milhões de dólares por ano (em 2022), a futura ajuda climática deve ser multiplicada por mais de dez, segundo os países pobres.

O presidente da COP29, Moukhtar Babaïev, mencionou hoje “centenas de milhares de milhões” no seu exposição de início.

O primeiro dia foi também marcado por horas de delongado devido a divergências entre blocos de países e lutas de bastidores pela ordem de trabalhos.

Leia Também: COP29. UE vai defender cumprimento das metas do Acordo de Paris

11 Novembro 2024

Comments are closed.