Politica
"Com medo"? "Se for caso de irmos a eleições, vamos", afirma Albuquerque
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O presidente demissionário do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, reagiu, esta quarta-feira, às declarações feitas por Paulo Cafôfo, que dão conta da decisão de Marcelo Rebelo de Sousa de dissolver a Assembleia Legislativa da Madeira.
“Nós tínhamos a maioria constituída, por isso podíamos prosseguir sem problema”, começou por explicar, acrescentando no entanto que “para ninguém pensar que estamos [o PSD] com pavor de eleições, se for caso de irmos a eleições, vamos a eleições”.
E continuou: “Quem está com grande receio das eleições na Madeira não sou eu. Quem perdeu 10 mil votos nas nacionais para o Chega foi o Partido Socialista na Madeira, que está neste momento dividido”.
Segundo Miguel Albuquerque, “quem é investigado num processo em Portugal, não tem de se demitir dos cargos políticos, tem que ter a possibilidade, como qualquer cidadão num estado de direito, ter acesso ao processo e esclarecer o que é preciso esclarecer”.
De recordar que o presidente do PS/Madeira, Paulo Cafôfo, anunciou, esta quarta-feira, depois reunir com o Presidente da República, que Marcelo Rebelo de Sousa vai dissolver a Parlamento Legislativa da Madeira e convocar eleições antecipadas na região para 26 de maio.
Marcelo deverá assim assinar o decreto de rescisão ainda hoje, depois a reunião do Juízo de Estado, agendada para as 18h.
De lembrar que o Presidente da República tem estado hoje a realizar em Lisboa, desde as 10h00, reuniões com os nove partidos com assento parlamentar na Madeira, antes de reunir pelas 18h00 o Juízo de Estado, o órgão político de consulta do patrão de Estado, no qual será medido o cenário de rescisão da Parlamento Legislativa Regional da Madeira e convocação de eleições antecipadas.
A crise política na Madeira foi desencadeada por uma investigação judicial que tem Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional demissionário, uma vez que arguido.
[Notícia atualizada às 16h03]
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