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Com 95% de probabilidade de sobreviver, morreu após atraso de ambulância

Com 95% de probabilidade de sobreviver, morreu após atraso de ambulância

Um inquérito a um acidente de mota que vitimou um homem no Reino Unido concluiu que, apesar de existir 95% de probabilidade de o mesmo sobreviver, o atraso na chegada da ambulância ao local foi fatal.

A morte de Aaron Morris, de 31 anos, apenas semanas após descobrir que seria pai de gémeos, levou a uma investigação interna do Serviço de Ambulâncias do Nordeste (NEAS, na sigla em inglês), que revelou uma “série de erros e falhas no sistema”.

O acidente ocorreu a 1 de julho do ano passado, mas só agora foram publicadas as conclusões do inquérito ao mesmo. “Receber o relatório foi como o dia em que ele morreu, de novo. Fica-se dormente e é como se o mundo congelasse. A diferença desta vez foi que tinha os gémeos e eles estavam a gritar enquanto me contavam todas essas falhas que mataram o meu marido, e o pai deles”, disse a esposa, citada pelo jornal Chronicle Live.

A falha ‘fatal’ foi o tempo de espera pelos serviços de emergência: Aaron esperou 49 minutos e 49 segundos, quando a ambulância devia ter chegado em apenas 18 minutos.

O relatório reporta várias chamadas e pedidos de ambulâncias, mas um grande congestionamento de emergências retardou o envio de uma para o local. Chegou a ser pedida uma ambulância aérea, mas, segundo o inquérito, considerou-se que a gravidade da situação não justificava tal. O documento revela ainda que a ambulância aérea estava disponível no momento do alerta.

“Essa é uma das coisas que mais me incomoda. Eu entendo que não havia muitas ambulâncias disponíveis, mas saber que uma ambulância aérea estava disponível e poderia ter estado no local se eles soubessem que a condição de Aaron estava a piorar… poderiam ter salvo a sua vida se as atualizações tivessem sido enviadas para o departamento aéreo e essa é uma das coisas mais difíceis de tirar do relatório”, disse a mulher, Samantha, de 28 anos.

Uma ambulância eventualmente chegou ao local, ao fim da longa espera, quando Aaron tinha pulso fraco e respiração anormal, bem como uma temperatura corporal de 36ºC. Mas a tragédia não acabou aí. É que a mesma “não estava familiarizada com a área”, o que obrigou Samantha a orientar o veículo para o Hospital Universitário de North Durham, ao mesmo tempo que eram aplicadas manobras de reanimação no seu marido.

“Foi absolutamente horrível. Estava presa na frente da ambulância a tentar orientá-la para o hospital mais próximo, enquanto tudo o que ouvia era o Aaron a ser tratado“, lamentou a mulher, mãe de gémeos, que nasceram em outubro, três meses após o acidente.

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Fonte :  Notícias ao Minuto – Última Hora 

 

8 Março 2023

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