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Chile convoca embaixador em Israel após ataque a campo de refugiados
“O Chile condena veementemente e constata com grande preocupação que estas operações militares – que, nesta fase do seu desenvolvimento, implicam uma punição coletiva da população civil palestiniana em Gaza – não respeitam as normas fundamentais do direito internacional”, afirmou o Governo em comunicado.
Santiago do Chile sublinhou que tal “é demonstrado pelas mais de oito mil vítimas civis, na maioria mulheres e crianças”.
Além disso, o Ministério dos Negócios Estrangeiros reiterou o apelo do país sul-americano a um “fim imediato das hostilidades”.
Os bombardeamentos que Israel tem levado a cabo em Gaza desde 07 de outubro, depois de ter sido atacado pela milícia islamita Hamas, fizeram mais de 8.300 pessoas e mais mais de 21 mil feridos de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza.
Na terça-feira, o exército israelita bombardeou o campo de refugiados de Jabaliya, no norte da Faixa de Gaza, matando pelo menos 145 pessoas.
Entre as vítimas, segundo o exército israelita, encontra-se Ibrahim Biari, comandante do batalhão central de Jabaliya do Hamas e um dos líderes responsáveis pelo ataque a Israel, que fez pelo menos 1.400 mortos e mais de 200 reféns.
O Governo chileno pediu ainda que sejam redobrados “os esforços para conseguir uma trégua nas hostilidades, a proteção e salvaguarda dos civis inocentes e a entrada urgente de ajuda humanitária” em Gaza, ao mesmo tempo que exigiu a libertação imediata dos israelitas raptados pelo Hamas.
Com cerca de 500 mil habitantes, o Chile é um dos principais refúgios da comunidade palestiniana fora do mundo árabe, migração que teve início no final do século XIX, quando centenas de palestinianos fugiram do domínio otomano, e que aumentou no século seguinte com a ocupação israelita.
O Chile reconheceu a Palestina como um Estado “livre, independente e soberano” em 2011, durante o primeiro Governo do conservador Sebastián Piñera, e o atual Presidente, o progressista Gabriel Boric, é um reconhecido apoiante da causa palestiniana.
“O Chile reconhece o direito do Estado de Israel e do Estado da Palestina a coexistirem em paz, dentro de fronteiras seguras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas, de acordo com as disposições das resoluções adotadas pelas Nações Unidas”, concluiu o comunicado.
Na terça-feira, a Bolívia anunciou que cortou relações diplomáticas com Israel, alegando que o ataque contra a população da Faixa de Gaza é uma “ofensiva militar agressiva e desproporcional”.
Em comunicado, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Bolívia, Freddy Mamani Machaca, informou que o Governo “tomou a determinação de cortar relações diplomáticas com o Estado de Israel, em repúdio e condenação da agressiva e desproporcional ofensiva militar israelita que está a ser levada a cabo na Faixa de Gaza”.
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Fonte : Notícias ao Minuto – Última Hora
1 Novembro 2023