Desporto
Amorim despede-se emocionado do Sporting: “Vou tão mais descansado…”
Visivelmente emocionado: Foi melhor do que esperava. Obviamente, preferia não ter sofrido, mas a forma porquê acabou… Era muito mais do que podia esperar, de uma semana que podia ter sido tão difícil, e acabou por ser… Vou tão mais descansado porque estes jogadores são inacreditáveis. A verdade é que não entrámos muito, devagarinho, a fazermos o que, por vezes, outras equipas nos fazem, que é deixar decorrer o tempo. Em duas transições, dois golos que podíamos ter evitado, mas a segunda segmento é inacreditável. Tornou tudo mais privativo. Chegou ao termo esta façanha, foi privativo, não podia ter pedido melhor momento.
Estudo: É o descrever de uma história, em 90 minutos, que todos vivemos, de muito sofrimento, de lutar até ao termo, com os golos do Coates nos descontos… Hoje, foi o Conrad [Harder], mas, no final, merecemos a vitória. Fomos a equipa que quis sempre mais. Nos 20 minutos finais, notou-se a maior frescura da minha equipa, e tem a ver com o facto de o Sporting de Braga ter jogado na quinta-feira.
Semana ‘de incêndio’: O próximo jogo é que é o duelo final. O que posso proferir é que, hoje, teve muito mais sabor do que na terça-feira. Fechámos esta semana. Qualquer equipa, num jogo, pode escadeirar a outra. O que conta a história é saber lucrar semana em seguida semana.
Jogadores festejaram com Ruben Amorim: Já me tinha despedido. Quando se ganha, os jogadores é que têm de viver o momento. Eu já os vivi. Sinto-me tão feliz e a precisar de me acalmar, que prefiro trespassar e deixar o espaço para eles. Foram eles que viraram o jogo. Custou-me mais ver o Pote a chorar a trespassar, já não é a primeira vez. Tenho a certeza de que ele jogou porque foi o meu último jogo e fez esse esforço. Custa-me muito. Sinto que o Pote está um bocadinho zangado comigo, e isso é que me custou bastante. O final… Foi toda a gente a sentir que era preciso lucrar. Se continuarem humildes e a ajudarem-se uns aos outros, não tenho dúvidas de que terão um grande treinador, que os irá ajudar a seguir em frente.
Balanço: Os resultados não foram perfeitos. Podíamos ter proveito mais, mas não esperávamos lucrar tanto. Foi uma façanha inacreditável, em termos de relação, com os estágios… Foi uma façanha que gostava que toda a gente vivesse. Marcou-me muito, fui muito feliz, nunca me senti sozinho. Um treinador estar cinco anos num clube, permanecer em quarto lugar e nunca se sentir sozinho é privativo. Neste momento, o Sporting é um clube privativo.
Que Sporting fica: O Sporting tem tudo para seguir em frente. Há mais incertezas do meu lado do que do Sporting. Estou muito esperançado de que o Sporting vai seguir o seu caminho. Vai ser difícil. Se continuarem muito humildes, o treinador fará o mesmo trabalho, porque é um grupo de jogadores muito privativo.
“Smiling One”: Vou tentar. Não vou permanecer uma pessoa dissemelhante, sei que ficarei muito. Aguente três meses ou dez anos, sei que ficarei muito, porque tenho plena noção do que é importante na vida, e isso é uma grande vantagem. O que vier, virá. Quero muito lucrar, mas a minha núcleo não a vou perder, mais depressa perdia a curso de treinador. Vai ser muito mais difícil, mas esta façanha foi muito mais arriscada. A outra… É o que tiver de ser.
Palavras para Bruno Fernandes e companhia: Vamos esperar para quando for apresentado. O Bruno conhece-me um bocadinho e os colegas. Pode estar entusiasmado agora, haverá fases em que não estará tanto, mas espero que seja feliz. É meio caminho percorrido para que uma equipa ganhe. Espero ajudar os jogadores do Manchester United porquê ajudei os do Sporting.
10 Novembro 2024