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Abbas reivindica luta palestiniana nos 20 anos da morte de Arafat
“O legado de Yasser Arafat permanece connosco e não nos desviaremos dele”, disse Abbas, numa mensagem divulgada pela filial noticiosa solene palestiniana Wafa.
“Permaneceremos enraizados nesta terra porque somos os seus proprietários, e a verdade do povo palestiniano não pode ser apagada ou ignorada”, afirmou, segundo a filial espanhola EFE.
O líder histórico da Organização de Libertação da Palestina (OLP) e do partido Fatah morreu em 11 de novembro de 2004, aos 75 anos, num hospital militar em França.
Arafat desempenhou um papel fundamental nos Acordos de Oslo que assinou com o logo primeiro-ministro israelita, Yitzhak Rabin, em Washington, em 13 de setembro de 1993, que lhes valeu o prémio Nobel da Silêncio no ano seguinte, repartido com Shimon Peres, idoso primeiro-ministro e presidente israelita.
Os Acordos de Oslo destinavam-se a proporcionar uma solução permanente para o conflito israelo-palestiniano, prevendo a solução dos dois Estados e a ANP porquê uma solução provisória.
Mas a ANP, liderada por Abbas, continua a subsistir e com uma mando que só pode ser exercida em pequenas áreas da Cisjordânia, face à crescente ocupação e presença militar israelita.
Em Gaza, as disputas entre a Fatah, que controla a ANP, e o Hamas terminaram com a expulsão da Poder Palestiniana e a tomada do poder pelos islamitas em 2007.
O desfecho aprofundou a fragmentação não só da sociedade palestiniana, mas também do seu território.
Abbas disse que a desculpa palestiniana está a transpor uma temporada difícil com um Governo de extrema-direita em Israel, do qual tropa lançou uma ofensiva em Gaza em outubro de 2023, em seguida um ataque em solo israelita do Hamas.
Referiu que a Tira de Gaza não é o único território da Palestina sujeito a uma guerra de extermínio e a um projecto de anexação e movimento, acontecendo o mesmo na Cisjordânia, segundo a Wafa.
“Estamos empenhados na opção da paz e continuaremos a trabalhar para a alcançar”, afirmou.
Abbas insistiu que os palestinianos só poderão saber a segurança e a segurança com o termo da ocupação por Israel e com “a independência no território do Estado palestiniano, com Jerusalém Oriental como sua capital”.
O superintendente da diplomacia israelita, Gideon Saar, afirmou hoje, em Jerusalém, que a geração de um Estado palestiniano não é para já um projeto realista.
“Um Estado palestiniano (…) será um Estado do Hamas. (…) Não creio que essa posição seja realista hoje em dia, e temos de ser realistas”, acrescentou, citado pela filial francesa AFP.
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11 Novembro 2024