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Chega vai propor "alteração estrutural profunda" ao relatório da CPI
O presidente do Chega anunciou que o grupo parlamentar vai propor “uma alteração estrutural profunda a este relatório, que seja capaz de identificar responsáveis, de criar a narrativa dos factos tal como eles aconteceram e, sobretudo, que cumpra a lei e que expresse aquilo que foi dito e analisado na comissão de inquérito”.
“Ainda acreditamos, não obstante o embaraço, a farsa, a falta de vergonha que isto releva, que o PS pode ter um arrepio de consciência, a que nós apelamos, para que isto não saia assim para o país porque eu acho que isto envergonha-nos a todos”, defendeu André Ventura, que falava aos jornalistas após a conferência de imprensa de apresentação da versão preliminar do relatório, da autoria da deputada do PS Ana Paula Bernardo.
O líder do Chega criticou o facto de o relatório ilibar o Governo de responsabilidade na atribuição da indemnização à ex-secretária de Estado Alexandra Reis e apontou que as conclusões apontam que “dois grandes responsáveis” pelo que se passou na TAP, o ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho e a ex-CEO da TAP.
“Isto foi feito à medida, isto é um relatório encomendado pelo Governo que devia embaraçar o PS”, afirmou Ventura, que disse também que o relatório “foi escrito pelo Governo e enviado para o Grupo Parlamentar do PS ontem [terça-feira] à noite”.
O presidente do Chega defendeu igualmente que este documento constitui um “frete ao governo de tal maneira grande, claro e evidente” e “um embaraço para o parlamento”.
“O presidente da Assembleia da República deveria olhar para este relatório e transmitir ao PS que isto não é uma brincadeira nem um canal de comunicação do Governo”, defendeu, referindo que o relatório da comissão parlamentar de inquérito “deve expressar aquilo que lá se discutiu, as conclusões que lá se retiraram e as análises que se fizeram, mesmo que nem sempre consensuais, e era isso que o país esperava”.
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Fonte : Notícias ao Minuto – Politica
5 Julho 2023