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Governo de Valência recusa demitir-se e número de vítimas sobe para 222

Governo de Valência recusa demitir-se e número de vítimas sobe para 222

No sábado, milhares de manifestantes pediram a destituição do presidente da comunidade autonómica de Valência, Carlos Mazón, e da sua ‘número dois’, Susana Camarero, acusando o governo regional de ter sido muito lento na resposta à catástrofe que atingiu a província.

 

Falando numa conferência de prelo para fazer um balanço da proteção social, Susana Camarero disse que a destituição “não é uma opção” e que o objetivo é trabalhar na recuperação e reconstrução da superfície devastada, recusando desistir as vítimas da tragédia neste momento.

Por seu vez, Carlos Mazón (PP, centro-direita) disse que respeita o objetivo da sintoma de sábado, partilha “essa dor” e lamentou os distúrbios e os atos de vandalismo verificados.

Também hoje, o PP pátrio manifestou o seu base, a partir de Madrid, ao executivo regional que “se tem defendido em todos os momentos” perante um Governo (PSOE, centro-esquerda), que “se recusou a assumir-se na maior emergência nacional de Espanha” dos últimos anos.

Já o ministro da Política Territorial e da Memória Democrática, Ángel Víctor Torres, manifestou a solidariedade do governo pátrio por manifestações pacíficas e regulamentadas e considerou que seria “um erro” entrar noutros debates num momento em que é necessário concentrar os esforços nas ações de ajuda.

De entendimento com as autoridades, o número de pessoas socorridas subiu para 36.803, 82 das quais nas últimas horas.

A relação ferroviária de subida velocidade entre Madrid e Valência deve ser retomada na quinta-feira e o número de municípios valencianos atingidos ascende a 75.

Durante o término de semana, com a chegada de milhares de voluntários de muitas partes de Espanha, intensificaram-se os trabalhos de limpeza e remoção de escombros, para além dos milhares de militares dos vários serviços de emergência que trabalham na zona com maquinaria pesada e milhares de veículos, helicópteros, barcos e drones.

Um totalidade de 8.494 militares estão destacados nas áreas afetadas (2.103 da Unidade Militar de Emergência, UME), que mobilizaram mais de 2.000 veículos terrestres, 12 helicópteros e 32 drones, além de quase 10.000 agentes da Polícia Pátrio e da Guarda Social, que reforçaram os pontos de atendimento ao cidadão e os escritórios móveis de documentação em vários locais.

O Governo pátrio anunciou que o Parecer de Ministros vai revalidar na segunda-feira um segundo pacote de base à região, enquanto o PP apresentou um conjunto de 13 medidas a incorporar nesse diploma, tendo proposto o dilatação da lista de concelhos afetados, um portal único para a gestão das ajudas, uma risca para a renovação de veículos, um projecto de habitação, a geração de um fundo talhado exclusivamente à ensino e um projecto de saúde mental.

A associação que representa as seguradoras em Espanha recebeu 156.126 pedidos de indemnização por danos causados, dos quais 50.679 correspondem a habitações, 92.779 a veículos e 9.212 a lojas e armazéns.

As redes de fornecimento de chuva na província de Valência sofreram danos estimados em 331 milhões de euros, de entendimento com as primeiras estimativas.

As chuvas torrenciais e a subsequente inundação deixaram mais de 600.000 pessoas sem fornecimento de chuva, número que já foi reduzido a pouco mais de 7.000 utilizadores.

Mas, os principais problemas já não são de fornecimento, segundo o Ministério, mas sim de qualidade e, em 60 municípios, mantém-se a recomendação de ferver a chuva antes do consumo, e em outros cinco a chuva não é potável mesmo depois a fervura.

No sábado, 130 milénio pessoas concentraram-se em Valência para contraditar a ação do governo regional na gestão da crise, uma sátira que Susana Camarero disse compreender.

“Lamentamos que a dor das pessoas afetadas esteja a ser politizada. Dói-nos como governo que tenha havido grupos violentos que, no final de uma manifestação pacífica que mostrava essa dor, tenham provocado distúrbios e atos de vandalismo que desvirtuam o objetivo da manifestação e a mensagem de dor por esta tragédia”, sublinhou, acusando o governo pátrio de estar a tentar focar somente no governo regional a responsabilidade da resposta.

Na sua opinião, uma inundação uma vez que esta “deve deixar muitas experiências e lições a aprender” e será necessário estimar “não só a reação prevista nos protocolos de emergência, mas também as próprias infraestruturas”.

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10 Novembro 2024

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