Política

Santana Lopes garante maioria na Figueira da Foz em acordo com PSD nacional

Pedro Santana Lopes foi eleito presidente da autarquia da Figueira da Foz, nas últimas eleições autárquicas, pelo movimento independente Figueira a Primeira (FAP), sem maioria absoluta, governando em minoria, com quatro eleitos, contra outros tantos do PS e um do PSD.

O presidente do município litoral do distrito de Coimbra confirmou o acordo “tripartido” válido para o atual mandato e que entrará em vigor na próxima segunda-feira, com o vereador do PSD Ricardo Silva a assumir funções a tempo inteiro no executivo e os pelouros das Obras Municipais, Ambiente e Espaços Verdes.

O acordo “estava em cima da mesa há tempo, por iniciativa da direção nacional do PSD, combinada com o vereador Ricardo Silva. A hipótese foi falada várias vezes entre o dr. Luís Montenegro [presidente do PSD] e eu próprio (…) e a mudança teve a ver, no meu pensamento, com a evolução no Partido Socialista [local], com toda a franqueza”, explicou Santana Lopes.

A bancada do PS no executivo municipal sofreu diversas alterações no último ano e meio, mais recentemente com a renúncia aos mandatos dos primeiros quatro vereadores eleitos, e pelo menos uma reunião em que apenas estiveram dois eleitos, ambos suplentes na lista, dos quatro que os socialistas elegeram.

Santana ressalvou que o PS “de um modo ou outro, mal ou bem, numa lógica que é habitual na vida política, tem viabilizado, com as suas abstenções, nesta primeira metade do mandato, a governação”, dado o executivo municipal da FAP não ter maioria, nem na Câmara, nem na Assembleia Municipal.

“Mas tudo o que se tem passado no Partido Socialista, nomeadamente a reunião [onde só estiveram os dois vereadores do PS] que já deu muito que falar, levaram-me a não ter dúvidas de que é do interesse do município que haja condições de estabilidade na governação da Câmara”, frisou Santana Lopes.

“Porque senão é impossível”, acrescentou.

Por outro lado, o recurso a eleições antecipadas, que chegou a ser equacionado pelo autarca “também não era desejável, até porque a lei não facilita nada, sendo o executivo a ir por essa via, pode ficar a oposição a governar, o que é absolutamente contranatura”, declarou.

Santana Lopes assegurou que “todas as opções foram ponderadas, não foi uma decisão tomada de ânimo leve”.

“Mas não tenho dúvidas de que é a melhor, neste momento, para o município, tendo a iniciativa e o patrocínio da direção nacional do PSD. Isso ajuda à estabilidade, do que ser só um acordo com o vereador”, observou.

Ouvido pela Lusa, Ricardo Silva assegurou que, da sua parte, “podem contar com muito trabalho, como já assim foi no passado”, numa alusão aos pelouros que deteve , nas mesmas áreas, enquanto vereador executivo de Duarte Silva, entre 2001 e 2005.

A entrada do autarca do PSD no executivo liderado por Santana Lopes levou a uma reformulação dos pelouros atribuídos aos vereadores da FAP: Manuel Domingues ganha o ‘estatuto’ de vereador-adjunto do presidente da Câmara (cargo que já tinha existido no primeiro mandato de Santana na Figueira da Foz) e fica com os Recursos Humanos, antes atribuídos à vice-presidente Anabela Tabaçó.

Já a vereadora Olga Brás passa a ficar com a Habitação, área onde já exercia funções, mas sem delegação de competências.

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Fonte : Notícias ao Minuto – Politica  

3 Junho 2023

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