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Investigação no CES sobre abusos? "Nenhuma denúncia deve ser ignorada"
A deputada do Bloco de Esquerda (BE) Joana Mortágua comentou, esta quinta-feira, a polémica que envolve o Centro de Estudos Sociais (CES) de Coimbra e os alegados casos de abuso sexual e moral.
Numa publicação, na rede social Twitter, a bloquista saudou a decisão do CES em criar uma comissão independente para investigar as denúncias de assédio sexual, feitas por três antigas investigadoras e que visam, entre outros, Boaventura Sousa Santos, sociólogo e diretor emérito do centro.
“A decisão do CES de criar uma comissão independente para investigar denúncias de assédio tem de ser a regra. Nenhuma denúncia deve ser ignorada. Mais uma vez prova-se necessário criar um mecanismo externo de denúncias de assédio na academia”, destacou.
A decisão do CES de criar uma comissão independente para investigar denúncias de assédio tem de ser a regra. Nenhuma denúncia deve ser ignorada. Mais uma vez prova-se necessário criar um mecanismo externo de denúncias de assédio na academia. https://t.co/DBem1JeDm1
— Joana Mortágua ️️️ (@JoanaMortagua) April 13, 2023
O caso tornou-se conhecido na quarta-feira, após o anúncio da investigação do CES. As acusações surgiram num artigo de um livro sobre assédio sexual na academia, publicado no final do mês de março.
As autoras do artigo, a belga Lieselotte Viaene, a portuguesa Catarina Laranjeiro e a norte-americana Myie Nadya Tom, estiveram no CES como, respetivamente, investigadora de pós-doutoramento (com uma bolsa Marie Curie) e estudantes de doutoramento.
As três investigadoras não identificam os visados pelos nomes, mas as figuras centrais são identificadas com as alcunhas de ‘Professor Estrela’ e o ‘Aprendiz’, cujos currículos e descrições correspondem a Boaventura Sousa Santos e ao professor e coordenador Bruno Sena Martins.
Boaventura Sousa Santos já reagiu às acusações e anunciou que vai avançar com uma “queixa-crime por difamação contra as autoras” do artigo, que o acusa de usar o seu poder sobre jovens estudantes e investigadores para “extrativismo sexual”.
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Fonte : Notícias ao Minuto – Politica
13 Abril 2023