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1.º de Maio. Milhares celebram em Cuba, a meio de crise
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Pelo segundo ano consecutivo, a celebração principal da data, que, ao contrário de outros países, em Cuba é um evento festivo oficial com conotações nacionalistas, decorreu na Tribuna Anti-imperialista em vez da Praça da Revolução.
Também não houve um desfile em grande escala, como aconteceu ao longo de décadas, com a exceção dos anos de pandemia, entre 2020 e 2021.
De acordo com a organização, o Governo, a Central de Trabalhadores de Cuba (CTC, sindicato único) e as associações de massas próximas do Partido Comunista cubano (PCC, o único partido legal) juntaram cerca de 200 mil pessoas, com muitos participantes a exibirem fotografias do antigo líder cubano Fidel Castro e do seu irmão, que lhe sucedeu, Raul Castro, na praça que fica a poucos metros da embaixada dos Estados Unidos e onde começaram a chegar antes das seis da manhã.
O 1.º de Maio e as suas celebrações são elementos chave da ideologia revolucionária, tendo apoio governamental.
As celebrações arrancaram às 07:00 locais (11:00 em Lisboa), com o entoar do hino nacional e um vídeo de Fidel Castro.
A profunda crise económica em Cuba limita a capacidade de mobilização do Governo, muito devido à escassez de combustível.
Durante o seu discurso o secretário-geral da CTC, Ulisses Guilarte de Nascimento, classificou o “contexto socioeconómico atual” de Cuba como “complexo e adverso” e culpou a “intensificação da política norte-americana” contra a ilha pela situação, mas também as “insuficiências internas”.
“Isto tem um impacto negativo nos níveis de consumo, na escassez de alimentos e medicamentos e na perda de poder de compra dos salários e pensões”, disse o líder sindical.
O poder de compra dos quase três milhões de funcionários públicos cubanos caiu 21 pontos percentuais em 2023 em relação ao ano anterior, de acordo com dados oficiais.
O salário médio do Estado em 2023 era de 4.648 pesos cubanos (181 euros, aproximadamente), registando um aumento anual de pouco mais de 10%.
Nas lojas em Havana um pacote de 30 ovos custa 3.500 pesos cubanos (cerca de 136,5 euros).
A pandemia, o endurecimento das sanções norte-americanas e os erros da política económica agravaram nos últimos quatro anos os problemas crónicos da economia cubana.
Atualmente, a crise faz-se sentir na escassez de produtos básicos, na indexação parcial da economia ao dólar e a um forte aumento dos preços.
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1 Maio 2024