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PS/Madeira diz que Albuquerque deve pedir levantamento da isenção
“A confiança em Miguel Albuquerque [presidente do executivo regional] e em Pedro Calado [presidente da autarquia] ficou irremediavelmente comprometida e essa confiança não há de voltar”, afirmou Paulo Cafôfo, em conferência de prensa, na sede do partido, no Funchal.
O líder socialista disse que os madeirenses merecem, agora, que Miguel Albuquerque (PSD) seja “coerente, sério e transparente” e se questione se é verosímil continuar a governar nestas circunstâncias, embora não tenha pedido a sua exoneração.
“Por isso, desafio Miguel Albuquerque a requerer o levantamento da imunidade que tem como conselheiro de Estado para que sejam criadas condições que levem ao total apuramento da verdade”, declarou.
Posteriormente estas declarações de Paulo Cafôfo, nascente ligada ao processo disse à dependência Lusa que o presidente do Governo Regional da Madeira foi entretanto constituído arguido no contexto daquele processo.
Já em relação ao presidente da Câmara do Funchal, também PSD/CDS-PP, o líder socialista considerou que não tem quaisquer condições políticas para exercitar o função e deve renunciar ao procuração “sem qualquer sombra de dúvida”.
A Polícia Judiciária (PJ) realizou hoje, no contexto de três inquéritos dirigidos pelo Departamento Meão de Investigação e Ação Penal (DCIAP), murado de 130 buscas domiciliárias e não domiciliárias na Madeira (Funchal, Câmara de Lobos, Machico e Ribeira Brava), na Grande Lisboa (Oeiras, Linda-a-Velha, Porto Salvo, Bucelas e Lisboa), em Braga, Porto, Paredes, Aguiar da Cercadura e Ponta Delgada (Açores).
A residência de Miguel Albuquerque e a Quinta Vigia (Presidência do Governo Regional) também foram mira de buscas.
O presidente da Câmara do Funchal, Pedro Mudo (PSD), e dois gestores ligados ao grupo de construção AFA foram detidos no contexto das buscas.
“As diligências executadas visaram a recolha de elementos probatórios complementares, a fim de consolidar as investigações dos crimes de corrupção ativa e passiva, participação económica em negócio, prevaricação, recebimento ou oferta indevidos de vantagem, abuso de poderes e tráfico de influência”, lê-se numa nota divulgada pela PJ.
Na conferência de prensa do PS, Paulo Cafôfo afirmou que agora “os madeirenses exigem e merecem um total esclarecimento desta situação”.
O líder socialista criticou, por outro lado, a reação do presidente do Governo Regional, que afirmou hoje que não se demite mesmo que seja constituído arguido.
“Estamos confiantes que, no tempo próprio, a Justiça conseguirá apurar a verdade de todos os factos, mas não permitimos, nem podemos admitir, a ligeireza e a leviandade com que Miguel Albuquerque desvaloriza a investigação em curso e as suspeitas que recaem sobre ele e sobre Pedro Calado”, disse.
Todavia, Paulo Cafôfo não pediu a exoneração de Albuquerque nem a realização de eleições antecipadas na região autónoma, mas declarou que o PS está pronto para mourejar com a sisudez da situação, com “responsabilidade, seriedade e confiança”.
“O PS está preparado para todos os cenários, está preparado para governar a região”, disse.
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Natividade : Notícias ao Minuto – Politica
24 Janeiro 2024