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Soldado terá assinado acordo para não revelar o que levou a Pyongyang
A mãe do soldado norte-americano Travis King, que se tornou notícia após atravessar a fronteira da Coreia do Sul para a Coreia do Norte, afirmou que o filho foi obrigado pelo Exército dos Estados Unidos a assinar um acordo para não revelar nada sobre o que o levou a entrar no país liderado por Kim Jong-un.
Em declarações à ABC News, Claudine Gates recusou ainda as acusações de que o filho é alvo, nomeadamente deserção, agressão e posse de pornografia infantil. “Ele não é assim. Ele é um bom menino”, disse.
Recorde-se que Travis King foi expulso da Coreia do Norte no passado mês de setembro e está em prisão preventiva em El Paso, Texas.
Segundo Claudine, Travis teve de assinar vários papéis que o impedem de revelar destalhes sobre a sua detenção na Coreia do Norte e os motivos que o levaram a atravessar a fronteira.
“Ele parecia muito preocupado”, disse, recordando o reencontro com o filho, há duas semanas, e acrescentando que Travis estava “muito sonolento e cansado”.
Recorde-se que, em julho, Travis King deveria regressar aos Estados Unidos depois de ter tido problemas com o sistema judicial sul-coreano, mas atravessou a fronteira com a Coreia do Norte, juntando-se a um grupo de turistas que visitava a zona desmilitarizada que separa as duas Coreias.
Soldado de segunda classe, King foi libertado da prisão na Coreia do Sul após se ter envolvido numa luta física num bar e de uma altercação com a polícia, ficando a aguardar o regresso aos EUA para enfrentar sanções disciplinares.
O incidente causou muita agitação nos Estados Unidos e provocou receios sobre o tratamento que poderia receber na Coreia do Norte. Seguiu-se uma intensa atividade diplomática, mas os Estados Unidos mantiveram durante meses que não tinham informações sobre o assunto.
A Casa Branca declarou, a 27 de setembro, que o soldado de 23 anos se encontrava sob custódia dos EUA, depois de ter sido deportado da Coreia do Norte.
Os documentos de acusação, noticiou o Washington Post, afirmam que King deixou o quartel na Coreia do Sul sem autorização no outono de 2022 e consumiu álcool, contra as regras, tendo ainda pontapeado na cabeça um sargento durante um incidente em outubro de 2022 e solicitado fotografias sexuais de um menor através da aplicação de mensagens Snapchat.
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Fonte : Notícias ao Minuto – Última Hora
25 Outubro 2023