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Rei da Jordânia considera "necessário" parar a guerra em Gaza
Numa declaração divulgada após ter recebido o Presidente francês, Emmanuel Macron, no Palácio Real de Amã, o monarca jordano defendeu também ser “imperioso” evitar uma “explosão de violência” na região, na sequência do conflito desencadeado após os ataques de 07 deste mês do movimento islamita Hamas a Israel.
Abdullah sustentou que o mundo deve agir “imediatamente” para parar a guerra e “pôr fim ao ciclo de violência através de um horizonte político que ponha termo ao conflito israelo-palestiniano”.
Esta solução, argumentou, deve “garantir a segurança” e “alcançar uma paz justa e abrangente através da solução de dois Estados”, lê-se no comunicado publicado pela Casa Real da Jordânia no seu portal na Internet, após o encontro, no âmbito da digressão regional do Presidente francês.
Nesse sentido, Abdullah II pediu à comunidade internacional que “exerça pressão urgente” sobre Israel para que “pare a guerra, proteja os civis e ponha fim ao cerco contra a Faixa de Gaza”, ao mesmo tempo que alertou mais uma vez para o agravamento da crise humanitária no enclave palestiniano.
O rei jordano sublinhou a importância da entrega de ajuda humanitária à Faixa de Gaza e reiterou a rejeição a “qualquer tentativa” de deslocação dos palestinianos de Gaza, quer para o interior do enclave quer para os países vizinhos, o que já descreveu no passado como “uma ‘linha vermelha'”.
Até ao momento, a Presidência francesa não comentou as declarações de Macron, que indicou, numa mensagem na conta pessoal na rede social X (antigo Twitter), que a França “está mobilizada para responder às necessidades urgentes dos palestinianos”.
“Acesso à eletricidade, em particular para os hospitais, acesso à água e ajuda alimentar”, disse Macron, antes de confirmar que tinha estado em contacto em Amã com a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Médio Oriente (UNRWA) para discutir a entrega de ajuda aos civis na Faixa de Gaza.
Terça-feira, em Jerusalém, Macron propôs que a coligação internacional atualmente destacada no Iraque e na Síria para combater o grupo Estado Islâmico (EI) possa também atuar contra o Hamas.
“A França está pronta para que a coligação internacional contra o Estado Islâmico, na qual estamos envolvidos, possa também lutar contra o Hamas”, afirmou Macron após um encontro com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.
“Proponho aos nossos parceiros internacionais que construamos uma coligação regional e internacional para lutar contra os grupos terroristas que nos ameaçam a todos”, insistiu, citado pela agência francesa AFP.
O grupo islamita palestiniano Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, é considerado uma organização terrorista pela União Europeia, Reino Unido, Estados Unidos e Israel.
Macron viajou hoje para Israel para expressar a solidariedade da França na sequência do ataque de 07 de outubro do Hamas que provocou 1.400 mortos, segundo as autoridades de Telavive.
Até ao momento, as autoridades da Faixa de Gaza confirmaram a morte de mais de 6.500 palestinianos na sequência dos bombardeamentos israelitas após os ataques do Hamas de 07 de outubro.
Além disso, a Autoridade Palestiniana comunicou mais de uma centena de mortos na Cisjordânia.
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Fonte : Notícias ao Minuto – Última Hora
25 Outubro 2023