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Montenegro propõe "pacto nacional" da Saúde, com públicos e privados

Montenegro propõe "pacto nacional" da Saúde, com públicos e privados

O líder do Partido Social-Democrata (PSD) acusou, esta quarta-feira, o Governo “da maior hipocrisia política em Portugal”: “É o SNS hoje só funcionar à conta dos prestadores de serviços externo, dos setores privado e social, a cobrir as lacunas do SNS.”

O social-democrata propôs, assim, um “pacto nacional” para a Saúde, que envolva o Governo, os partidos políticos e todos os setores de atividade, público, social e privado.

Desde o palácio de São Bento, após um encontro com o Presidente da República, Luís Montenegro disse que “já se percebeu que o SNS nunca vai ter os médicos que precisa por este andar” e “só o conseguirá alcançar se houver uma complementaridade com o setor social e com o setor privado, coisa que já acontece hoje, mas não é assumido de forma frontal pelo Governo”.

“Aquilo que se impõe num Governo que está numa fase descendente do seu mandato, está a caminho do fim, é que pelo menos haja o bom senso de projetar a Saúde dos portugueses, o sistema de Saúde, para as próximas duas ou três décadas”, pediu o líder do PSD, criticando: “Isso pressupõe que o Governo deixe de andar com remendos, sempre atrás do prejuízo, sempre a decidir em cima do joelho, a tomar iniciativas que depois são inconsequentes.”

É preciso que o Governo promova a paz e a estabilidade com os médicos. Acreditamos que é desejável e possível que se chegue a um acordo

Numa altura em que “estamos a caminho de cumprir nove anos de governo socialista”, o estado a que chegou a Saúde em Portugal “tem uma responsabilidade que é óbvia e inequívoca, que é do Governo do PS e do Dr. António Costa, que quis dar ao país uma solução para o SNS que não resultou”.

“Foi um fracasso completo e desembocou no caos que está iminente e que são os próprios que pré-anunciam, trazendo intranquilidade”, alertou.

“Intranquilidade” foi, aliás, uma das palavras-chave da reunião entre Montenegro e Marcelo Rebelo de Sousa, mostrando-se o líder social-democrata preocupado “com a forma como o Governo gerou intranquilidade, mais, nos portugueses, a propósito do funcionamento do SNS”.

“É preciso que o Governo dê tranquilidade ao povo português relativamente à capacidade de resposta e ao acesso dos cidadãos ao SNS. É preciso que o Governo promova a paz e a estabilidade com os médicos. Acreditamos que é desejável e possível que se chegue a um acordo” com os sindicatos, garantiu, afirmando que o país “tem que saber a verdade”: “Independentemente de se chegar a um acordo, não podemos ter a pretensão, ou a expectativa, que é uma falsa expectativa, que todos os problemas do SNS estão dependentes exatamente da obtenção desse acordo.”

Para Luís Montenegro, “é preciso tranquilizar por um lado, mas, por outro, ter sentido de responsabilidade, não criar uma falsa expectativa, e evitar que, por um lado, o ministro da Saúde apareça a funcionar como Diretor Executivo do SNS, e, por outro lado, o Diretor Executivo do SNS apareça a apresentar-se como ministro da Saúde”.

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Fonte :  Notícias ao Minuto – Última Hora 

 

25 Outubro 2023

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