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Israel. Milhares pedem a Bruxelas esforços para "acabar com genocídio"
“Estou aqui de férias, sou de Londres, e quando soube que ia haver uma manifestação aqui não podia faltar”, disse à Lusa Aysha, de 34 anos.
A cidadã britânica é uma das mais de dez mil pessoas, de acordo com uma estimativa feita pela organização, que ocuparam a totalidade da rotunda de Schuman, mesmo em frente ao edifício da Comissão Europeia e ao do Conselho Europeu.
“Queria participar, ontem [sábado] houve uma em Londres e por razões óbvias não pude estar lá, mas hoje estou aqui para pedir para todos os governos deixarem de lado as suas agendas e apelarem ao fim do massacre de palestinianos”, completou a turista, que de punho no ar ia acompanhado as palavras de ordem que a organização entoava a partir de um palco, replicadas pela totalidade dos manifestantes.
Por todo lado a paisagem era pintada da mesma maneira. Homens e mulheres, muitos deles com kufiyas ao pescoço, bandeiras da Palestina empunhadas ou então atadas ao pescoço como se de uma capa se tratasse.
E cartazes, por todo o lado, onde era possível ler, por exemplo, “acabem com o sofrimento das crianças” — alguns destes cartazes tinham imagens de crianças resgatadas dos escombros de edifícios que ruíram depois de um bombardeamento -, “boicotem Israel” e “the only peacee Israel wants is a piece of Palestine” (um trocadilho com palavras “peace” e “piece” que têm a mesma sonoridade em inglês, mas cuja tradução é ‘a única paz que Israel quer é um pedaço da Palestina’)”.
E foi isso que a organização, composta por cidadãos belgas e palestinianos a viver no país: “Queremos pedir à Comissão Europeia que encete esforços para acabar com o genocídio em Gaza”.
Apesar do grande aparato policial montado – a manifestação realizou-se praticamente uma semana depois de um atentado que acabou com três pessoas mortas (incluindo o suspeito) – não houve incidentes.
A Lusa questionou a polícia belga para obter informações sobre o número de manifestantes presente, mas um porta-voz disse que aquela força de segurança não tem por hábito revelar essas estimativas.
No final, os manifestantes ouviram o hino da Palestina. Os que o conheciam de trás para a frente acompanharam a organização, enquanto outros gritavam “so… so… solidariedade com a Palestina”.
E aos poucos, foram abandonando o local, ainda fazendo esvoaçar as bandeiras.
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Fonte : Notícias ao Minuto – Última Hora
22 Outubro 2023