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Livre condena Hamas e reitera direito à autodeterminação da Palestina

Livre condena Hamas e reitera direito à autodeterminação da Palestina

Numa deliberação aprovada por unanimidade na quarta-feira Assembleia do partido – órgão máximo entre congressos – o partido expressa “o seu mais profundo pesar pelas vítimas dos ataques do Hamas no sábado, dia 07 de outubro, e pelas vítimas da contra ofensiva israelita que decorre desde esse dia”.

No texto, os membros da Assembleia do Livre consideram que “a condenação às ações do Hamas deve ser absoluta, total, inequívoca e imediata”, defendendo que a “organização terrorista Hamas não pode ser confundida com a justa causa do povo palestiniano à autodeterminação”.

“O Livre, reiterando o seu apoio ao direito à autodeterminação do povo palestiniano, vê com muita preocupação a escalada da guerra nesta região, com os seus impactos em populações civis e indefesas, os seus efeitos sobre a instabilidade global e a provável repressão das vozes pela paz e do campo secular e democrático tanto na sociedade palestiniana como na sociedade israelita”, lê-se no texto.

O partido acrescenta que “ações de resposta do Estado de Israel ao ataque do Hamas, como os bombardeamentos de alvos civis, incluindo da ONU, ou o cerco total e corte de abastecimento de água, de comida e de energia, configuram crimes de guerra, e violação dos direitos humanos”.

O Livre considera que “a violação da lei internacional tem sido a prática por parte do governo israelita e do atual primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, com o uso desproporcional e recorrente de força sobre o povo e os territórios palestinianos, seja Gaza, seja a Cisjordânia, de forma brutal e indiscriminada”.

“São absolutamente condenáveis a violência diária, o assassinato de civis — incluindo crianças, a ocupação do território palestiniano e a privação a que Israel sujeita o povo palestiniano, como aliás tem sido reiterado em sucessivas condenações por parte das Nações Unidas”, lê-se no texto.

O Livre exige um “cessar-fogo imediato em toda a região e a libertação imediata de todos os reféns”, e que “não seja cortado o acesso de água, comida ou energia à Faixa de Gaza e que sejam criados corredores humanitários para apoio ao povo palestiniano”.

A Assembleia do partido insta o Governo português a “agir intensamente nas instituições internacionais pela defesa dos direitos humanos e do direito à autodeterminação, pelo respeito do direito internacional humanitário e pela promoção da resolução pacífica de conflitos”.

Por último, este órgão do Livre apela à resolução deste “longo conflito pela via da paz, do respeito à autodeterminação dos povos e do respeito integral pelos direitos humanos bem como pelo cumprimento das resoluções da Organização das Nações Unidas que instam ao fim da ocupação da Palestina, ao fim do colonatos ilegais, ao fim do bloqueio da Faixa de Gaza e ao fim do sistema de discriminação sistemática de palestinianos descritos por observadores internacionais como apartheid”.

O grupo islamita Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação “Tempestade al-Aqsa”, com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação denominada “Espadas de Ferro”.

O Hamas controla a Faixa de Gaza desde 2007 e é classificado como “grupo terrorista” pela União Europeia (UE), Estados Unidos e Israel.

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Fonte : Notícias ao Minuto – Politica  

12 Outubro 2023

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