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Dez mortos num novo ataque do grupo rebelde ADF na RDCongo
“Os inimigos surpreenderam os agricultores enquanto trabalhavam e, além de matar dez deles, sequestraram outros quatro”, afirmou Mwalushay, em declarações à agência de notícias espanhola EFE.
“Já enviámos reforços para as unidades que lá se encontram, para perseguirem os agressores e garantirem a segurança das populações que permaneceram naquela zona”, acrescentou.
O ataque ocorreu esta quarta-feira na localidade de Konge, no território do Beni, província do Kivu do Norte.
“Os corpos, incluindo os de várias mulheres, foram transferidos para o Hospital Geral de Oicha, onde também se encontram os feridos”, disse o porta-voz da sociedade civil do Beni, Delphin Mupanda.
Segundo Mupanda, a vila do Konge é relativamente calma.
O Exército congolês permanece naquela área para tentar restaurar a confiança da população, já que muitos moradores fugiram para a cidade vizinha de Oicha com medo de novos ataques.
As ADF são um grupo rebelde de origem ugandesa, mas atualmente têm as suas bases nas províncias congolesas de Kivu do Norte e Ituri, perto da fronteira que a RDCongo divide com o Uganda.
Os objetivos desses rebeldes são difusos, além de uma possível ligação com o grupo terrorista Estado Islâmico (EI), que às vezes assume a autoria dos seus ataques.
Além disso, as autoridades do Uganda acusaram o grupo de organizar ataques dentro do seu território, incluindo dois atentados suicidas em Kampala, em novembro de 2021, e assassinatos – e tentativas de assassinato – de motoristas armados contra altos responsáveis do país.
Para neutralizar as ADF, os exércitos da RDCongo e Uganda iniciaram uma operação militar conjunta em solo congolês no final de novembro de 2021, que ainda está em andamento.
No entanto, segundo um relatório das Nações Unidas publicado em dezembro passado, estas ações militares não impediram o reforço dos insurgentes, que continuaram a alargar a sua área de atuação.
Desde 1998 que o leste da RDCongo é afetado por um conflito alimentado por milícias rebeldes e pelo exército, apesar da presença da missão da ONU na RDCongo (Monusco), com 16.000 militares no terreno.
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Fonte : Notícias ao Minuto – Última Hora
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9 Fevereiro 2023